Senador do PT cobra definição de ministro da Fazenda: 'Não tem nome'

O senador Jaques Wagner (PT-BA), que compõe o gabinete de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou hoje que falta à articulação política do futuro governo a definição de um nome para comandar a pasta da Economia —que voltará a se chamar Ministério da Fazenda.

Eu acho que falta mais por enquanto um ministro da Fazenda"
Jaques Wagner (PT-BA)

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"Eu acho que facilita [definição do ministro da Fazenda]. Mas não depende de mim. Eu estou dando uma opinião. Quem vai decidir é o presidente da República."

Segundo Wagner, a escolha facilitaria inclusive a negociação em favor da PEC da Transição, medida que pretende abrir espaço fiscal para ampliar gastos do Executivo em 2023. Atualmente, o PT esbarra em divergências políticas para conseguir dar início à tramitação da proposta.

O principal ponto é o prazo de excepcionalização do Bolsa Família, isto é, o período em que programa social ficará fora do teto de gastos. O futuro governo defende que sejam 4 anos de folga, mas lideranças na Câmara querem um recorte temporal menor (de um ou dois anos).

Membro do grupo técnico de "centro de governo" na transição, o senador baiano deu a entender que se sente sobrecarregado na missão de tocar a articulação.

"Eu não acredito em mágico. Ninguém sozinho vai fazer nada. Eu estou ajudando porque essa é a minha experiência. De articulador político. Mas não sou eu que estou fazendo sozinho, tem muita gente envolvida. Querem colocar tudo nas minhas costas."

Indagado se teria preferência em relação aos "nomes que estão sobre a mesa", Wagner disse considerar que "não tem nome na mesa", e sim "na cabeça do presidente".

"O problema é que não tem nome na mesa, tem na cabeça do presidente."

"Eu vou conversar com o presidente Lula amanhã em São Paulo e aí eu vou saber. Vou conversar, vou dar um quadro para ele. Ele está refletindo, olhando as coisas."