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Em Brasília, Lula tem reunião com Alckmin e verá jogo da seleção brasileira

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

28/11/2022 07h57Atualizada em 28/11/2022 16h01

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne hoje, em Brasília, com o seu vice, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), e acompanha o segundo jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo, contra a Suíça. Lula chegou ao CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), onde está instalada a equipe do governo de transição, por volta das 11h50.

Acompanhado da ex-ministra Gleisi Hoffman (coordenadora política do gabinete de transição) e do senador Jaques Wagner (PT-BA), Lula acenou para a imprensa na chegada ao CCBB, mas não falou com os jornalistas.

O petista assistiu ao jogo da seleção dentro do Centro Cultural Banco do Brasil junto a Alckmin e aos membros da transição. Havia expectativa de que um evento fosse organizado no auditório do CCBB, como ocorreu na semana passada, na estreia do Brasil na Copa. Com a crescente onda de casos de covid-19, no entanto, a ideia não vingou.

Os compromissos do presidente eleito ocorrem depois de o petista viajar à capital federal para trabalhar presencialmente na transição e na preparação de seu novo governo.

Ainda esta semana, há previsão de que a equipe do presidente eleito bata o martelo sobre a PEC da Transição, que vai rebatizar o Auxílio Brasil de Bolsa Família e garantir a continuidade do pagamento de R$ 600 aos beneficiários ao longo de 2023.

Lula deve passar a semana toda em Brasília. Na quarta-feira (30), o presidente eleito começa a receber os relatórios produzidos pelos grupos de trabalho de sua equipe de transição, que estão analisando os dados da administração federal em diferentes áreas, como saúde e segurança pública, por exemplo.

Ao todo, essa equipe possui 31 grupos com 416 integrantes, sendo 50 em cargos comissionados, que preparam um raio-x da situação do país e vão indicar o caminho das primeiras medidas que o presidente eleito deve tomar a partir de janeiro, após a posse.

A prioridade de Lula em Brasília é destravar as negociações da PEC da Transição, para que haja tempo hábil para o Congresso votar a medida ainda este ano.

O objetivo é alterar as regras das contas públicas sem furar o teto de gastos —que limita as despesas ao Orçamento do ano anterior, mais a inflação. Na prática, o governo pretende fazer gastos além do teto para bancar o benefício.

Além da falta de acordo com o Congresso sobre o prazo de validade e o valor da PEC, a falta de uma definição sobre quem será o futuro chefe do Ministério da Fazenda deixa as negociações mais difíceis.

O senador Jaques Wagner (PT-BA), antigo aliado do presidente eleito, já disse que a indicação de um ministro da Fazenda facilitaria a tramitação: "Eu acho que falta, por enquanto, um ministro da Fazenda". O ex-prefeito Fernando Haddad (PT) é cotado para a vaga.