Topo

Esse conteúdo é antigo

Alesp aprova aumento de 50% para salário de Tarcísio; projeto vai a sanção

Tarcísio de Freitas, eleito governador de SP - Reprodução/Jovem Pan
Tarcísio de Freitas, eleito governador de SP Imagem: Reprodução/Jovem Pan

Do UOL, em São Paulo

29/11/2022 18h06Atualizada em 29/11/2022 18h43

A Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) aprovou hoje o aumento de 50% do salário do futuro governador, do vice e secretários de Estado. Com isso, o valor passará de R$ 23 mil para R$ 34,5 mil. A justificativa do reajuste é que o vencimento está congelado desde 2019.

O Projeto de Lei agora segue para sanção do governador. O PL foi aprovado com 56 votos a favor e 6 desfavoráveis. Deputados do PSOL e do Novo, e a deputada Janaína Paschoal (PRTB) votaram contra.

O percentual de reajuste é o dobro da inflação registrada no período. De janeiro de 2019 até ontem, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado é de 25,63%, conforme dados da Calculadora do Cidadão do Banco Central.

Além do salário de R$ 34,5 mil para o governador, e R$ 32,8 mil ao vice, o aumento eleva para R$ 31,1 mil o montante pago aos secretários. O impacto total foi estimado em R$ 1,7 bilhão pela Secretaria de Fazenda.

Veja a previsão de novos salários:

  • Governador do Estado: R$ 34.572,89 (trinta e quatro mil, quinhentos e setenta e dois reais e oitenta e nove centavos).
  • Vice-Governador do Estado: R$ 32.844,41 (trinta e dois mil, oitocentos e quarenta e quatro reais e quarenta e um centavos).
  • Secretários de Estado: R$ 31.115,58 (trinta e um mil, cento e quinze reais e cinquenta e oito centavos).

Secretário de Fazenda defende aumento. O secretário de Fazenda e Planejamento de São Paulo, Felipe Salto, defendeu o aumento em reunião realizada na Alesp.

"É um disparate este tipo de crítica que se ouve por aí de que seria fiscalmente irresponsável você aprovar qualquer tipo de medida que recompusesse o salário dos servidores. É coisa de quem não está fazendo conta", afirmou Salto.

De acordo com o secretário, o Estado gasta hoje R$ 83,4 bilhões em despesas com pessoal ligado ao Poder Executivo. O montante representa 37,6% da receita corrente líquida do estado, percentual menor do que o limite de 49% previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal.