Haddad diz que Lula terá encontro com Biden antes da posse
O ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) disse hoje que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve ir aos Estados Unidos para um encontro com o presidente norte-americano, Joe Biden, ainda antes da posse.
Essa era a intenção do presidente eleito, mas a ideia havia sido descartada e a visita estaria sendo programada para os primeiros meses de 2023. No entanto, segundo Haddad, agora há um convite para que a viagem seja feita antes do Natal.
Na segunda-feira (5), Lula recebe, em Brasília, dois enviados do presidente norte-americano, o conselheiro de segurança nacional, Jake Sullivan, e o assessor para América Latina, Juan Gonzalez.
"Tive um choque de confiança com a eleição do Lula. Ela está atraindo muita atenção de estrangeiros, pude constatar isso na viagem ao Egito e a Portugal", disse o petista a jornalistas, ao deixar o hotel onde está hospedado em Brasília.
No dia seguinte à eleição de Lula, Biden ligou para o presidente eleito no Brasil. Além de parabenizá-lo pelo resultado, Biden também conversou com Lula sobre a "força das instituições democráticas", em referência ao receio de que o governo Jair Bolsonaro (PL) não respeitasse o resultado das eleições.
Durante a ligação, que durou cerca de 20 minutos, os dois também conversaram sobre as relações diplomáticas entre os dois países e falaram sobre os desafios que as duas nações enfrentarão a respeito das mudanças climáticas.
Apesar de o ex-presidente norte-americano Donald Trump ter apoiado publicamente a reeleição de Bolsonaro, outros líderes dos Estados Unidos e internacionais têm aceitado a vitória de Lula com entusiasmo.
No segundo dia da COP27 (27ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), Bolsonaro foi criticado de maneira indireta no discurso do ambientalista Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos. Em sua fala no evento, ele disse que o Brasil "escolheu parar de destruir a Amazônia", em referência à eleição de Lula.
*Com informações da agência de notícias Reuters
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