Topo

Esse conteúdo é antigo

Indígenas fazem ato contra Lula em aeroporto de Brasília, e voos atrasam

Weudson Ribeiro

Colaboração para o UOL, em Brasília

02/12/2022 16h36Atualizada em 02/12/2022 18h34

Um grupo de indígenas apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiu a área de embarque Aeroporto Internacional de Brasília nesta sexta-feira (2), onde discursaram e entoaram palavras de ordem contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Se precisar, a gente acampa, mas o ladrão não sobe a rampa", afirmaram.

A PF (Polícia Federal), a PM-DF (Polícia Militar do Distrito Federal) e a segurança do terminal aéreo acompanharam o desdobramento dos atos. O Corpo de Bombeiros do DF também foi acionado. "A operação segue normal e está concentrada em uma outra sala de embarque do terminal", informou em nota a Inframerica, responsável pela administração do aeroporto. "Dois voos registraram atraso devido à manifestação. Não há cancelamentos. As operações seguem normalmente."

Procurada pelo UOL, a assessoria de comunicação de Lula afirmou desconhecer a realização dos atos e disse que não se manifestará.

O ato no aeroporto ocorre um dia depois de um grupo de indígenas se reunir em frente ao Congresso Nacional, onde pediram transparência no processo eleitoral e questionaram decisões do Poder Judiciário que teriam beneficiado a candidatura de Lula.

Alguns dos alvos das manifestações são os ministros Alexandre de Moraes, relator de processos que têm como alvos apoiadores, funcionários e filhos de Bolsonaro, e Edson Fachin, que, ao declarar a incompetência da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba (PR), anulou em 2021 as ações penais contra o petista por não se enquadrarem no contexto da operação Lava Jato, que havia tornado Lula inelegível.