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Margareth Menezes aceita convite de Lula para Ministério da Cultura

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

13/12/2022 11h48Atualizada em 13/12/2022 14h14

A cantora Margareth Menezes confirmou hoje que aceitou o convite para ser a ministra da Cultura do futuro governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Extinta por Jair Bolsonaro (PL) em 2019, a pasta será recriada em 2023.

A declaração foi feita a jornalistas em frente ao CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), onde está concentrada a equipe de transição do petista. Horas depois, a equipe de Lula confirmou a nomeação em post no Instagram. "Obrigado, companheira @margarethmenezes por aceitar o convite de ser ministra da Cultura", diz o texto, junto a uma foto dos dois.

Segundo Margareth, ela "aceitou a missão" após conversar com o presidente eleito. A cantora baiana se tornará a primeira mulher a ser anunciada como parte da equipe ministerial de Lula em seu terceiro mandato —uma pressão que o novo governo já vem sofrendo. Outras mulheres são esperadas.

Foi uma conversa muito animadora para a gente que é da cultura. Nós conversamos e eu aceitei a missão. Recebo isso como uma missão, até porque foi uma surpresa para mim também."
Margareth Menezes, futura ministra da Cultura

Ela já foi confirmada como artista a se apresentar na posse de Lula, em 1º de janeiro de 2023. "O presidente disse que para ele é de uma importância muito grande, e que ele esta querendo fazer um Ministério da Cultura forte para atender aos anseios do povo da cultura e do Brasil pelo potencial da nossa cultura", completou.

"Muito trabalho". A cantora afirmou que será preciso, primeiro, "levantar" o ministério e estudar áreas setoriais para "fazer da cultura do Brasil reconhecida nacionalmente e internacionalmente".

Uma das promessas de Lula durante a campanha foi a criação de comitês regionais de cultura, para promover artistas e iniciativas locais, que "fujam do eixo Rio-São Paulo".

Na primeira vez que foi eleito, em 2002, Lula também escolheu um representante da classe artística para chefiar a pasta da Cultura: o cantor e compositor Gilberto Gil, que ficou à frente do Ministério entre 2003 e 2008.

Ministério diverso. Lula deve anunciar pelo menos mais três ministras nos próximos dias.

Os nomes já vinham sendo estudados havia tempos, mas agora devem também ajudar a amenizar críticas sobre a falta de diversidade na primeira divulgação oficial sobre a composição do primeiro escalão petista.

  • Deputada eleita Marina Silva (Rede-SP) para o Meio Ambiente
  • Senadora Simone Tebet (MDB-MS) para Desenvolvimento Social
  • Governadora cearense Izolda Cela (sem partido) para Educação

Um quadro ministerial composto apenas de homens brancos de meia-idade era uma das principais críticas do PT e do próprio Lula ao governo Bolsonaro.

Durante toda a campanha, o presidente eleito evitou dar números ou prometer que haveria equidade de gênero nos ministérios, mas afirmou que seria mais diverso. A cobrança voltou a acontecer no anúncio de sexta, com cinco homens.