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Bombig: Com PEC travada e clima de indefinição, Lula deverá negociar cargos

Colaboração para o UOL, em Brasília

16/12/2022 09h27

O colunista do UOL Alberto Bombig afirmou hoje, em participação no UOL News, que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá de negociar cargos em seu governo com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a fim de conseguir destravar a tramitação da PEC de Transição.

"Lula tem compromisso de fato para resolver essa questão. Ele busca um entendimento para provar isso. Quem vota com o governo tem cargo no governo. O que Lira e outro líderes do centrão estão pleiteando é um espaço no governo que Lula vai montar. Mas esse espaço é limitado", analisa o jornalista. "Lira quer um espaço na Saúde, uma pasta bastante importante."

As negociações em torno da PEC, que eleva o teto e libera R$ 168 bilhões em despesas ao novo governo, patinam na Câmara dos Deputados em meio a disputas por ministérios e a incertezas sobre o futuro das emendas de relator após julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal).

O texto deve ser votado na terça-feira (20) —um dia depois de quando se espera um veredito final da Corte sobre as emendas parlamentares. A análise do tema foi suspensa na quinta-feira (15).

Ao anunciar o acordo para votação na terça, Lira disse que a intenção é assegurar o número necessário de votos para aprovação.

Uma mudança constitucional precisa do apoio de 308 dos 513 deputados.

Deputado: PEC ainda não foi pautada na Câmara por não ter voto para passar

Na avaliação do deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA), a PEC não foi pautada porque não tem a quantidade necessária de votos para ser aprovada.

"O texto aprovado pelo Senado não foi discutido antes nem combinado com os líderes e com os presidentes da Câmara e do Senado, para que a proposta, quando fosse posta em votação no Senado, já tivesse também com as críticas e alterações que eventualmente pudessem ser feitas pela Câmara", disse o congressista.

Aliados de Lira falam em reduzir o valor extra para algo entre R$ 115 bilhões e R$ 125 bilhões. Se a mudança for feita, a PEC precisaria passar por nova votação no Senado - o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já sinalizou que poderia convocar os senadores para analisar novamente o texto.

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