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Com Tebet, Marina e centrão, Lula anuncia os últimos ministros do governo

Do UOL, em Brasília

29/12/2022 13h03Atualizada em 29/12/2022 13h51

A três dias da posse, o presidente eleito fechou a lista de 37 ministérios que irão compor o novo governo.

Os nomes anunciados mostraram o espaço que o centrão —com MDB, PSD e União Brasil— deverá ter na futura gestão. Houve algumas surpresas entre as indicações, além das esperadas, como a da senadora Simone Tebet (MDB-MS) para o Planejamento e Orçamento e a de Marina Silva para o Meio Ambiente. Veja a seguir os 16 nomes anunciados hoje:

  • Agricultura: senador Carlos Fávaro (PSD-MT)
  • Cidades: empresário Jader Filho (MDB)
  • Comunicações: deputado Juscelino Filho (União Brasil-MA)
  • Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar: deputado Paulo Teixeira (PT-SP)
  • Esportes: ex-jogadora de vôlei Ana Moser
  • GSI (Gabinete de Segurança Institucional): general Gonçalves Dias
  • Integração e Desenvolvimento Regional: governador Waldez Góes (PDT-AP)
  • Meio Ambiente: deputada eleita Marina Silva (Rede-SP)
  • Minas e Energia: senador Alexandre Silveira (PSD-MG)
  • Pesca e Aquicultura: deputado André de Paula (PSD-PE)
  • Planejamento e Orçamento: senadora Simone Tebet (MDB-MS)
  • Povos Indígenas: deputada eleita Sônia Guajajara (PSOL-SP)
  • Previdência Social: ex-ministro Carlos Lupi (PDT)
  • Transportes: senador eleito Renan Filho (MDB-AL)
  • Turismo: deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ)
  • Secom (Secretaria de Comunicação Social): deputado Paulo Pimenta (PT-RS)

Veja aqui a lista completa dos ministros do novo governo Lula.

Lula dedicou a última semana para fechar essa matemática. Com uma frente ampla em torno de seu nome na eleição, o futuro presidente teve de incluir também as chamadas "cotas parlamentares" em seu governo, para facilitar a relação com o Congresso.

Assim, partidos como o União Brasil, de oposição histórica ao PT, ganharam seu espaço, e MDB e PSD, que apoiaram parcialmente a chapa de Lula, conseguiram uma barganha maior.

As vagas do União Brasil foram fechadas aos 45 do segundo tempo, em negociações que duraram até a manhã de hoje. O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), líder do partido no Senado e um dos articuladores do acordo, participou da cerimônia. O União Brasil também é a legenda do ex-juiz Sergio Moro, senador eleito pelo Paraná e inimigo político de Lula.

Já no MDB, a consolidação de duas pastas de orçamento robusto, além do Planejamento, pode ser considerada uma vitória, que, numa queda de braço com o PT e partidos aliados, conseguiu transformar a indicação de Tebet em "cota pessoal" de Lula.

Por outro lado, alguns aliados, como o Solidariedade e PV, acabaram não sendo contemplados —ou tiveram uma participação menor do que a almejada, como o PSOL.