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Atos golpistas são 'manifestações do povo', diz Bolsonaro

Do UOL, em São Paulo

30/12/2022 11h06

O presidente abordou o assunto na primeira live realizada em suas redes sociais desde que perdeu as eleições para Lula (PT).

Para Jair Bolsonaro (PL), os protestos que contestam o resultado eleitoral e pedem por um golpe de estado a partir da "intervenção federal" são manifestações do povo sem liderança e coordenação.

O que houve pelo Brasil foi uma manifestação do povo, que não tinha liderança, não tinha ninguém coordenando. O protesto pacífico, ordeiro, seguindo a lei, tem que ser respeitado, contra ou a favor de quem quer que seja.

O presidente afirmou que os apoiadores se dirigiram aos quartéis "atrás de segurança" e que ele se recolheu "para não tumultuar mais ainda".

Os motivos dos atos, segundo Bolsonaro

Bolsonaro elencou possíveis motivações para os atos golpistas.

"Tivemos também ali certas medidas adotadas pela Justiça Eleitoral que ninguém consegue entender. Foi uma campanha imparcial? Obviamente que não foi imparcial, foi parcial", opinou o presidente.

  • Depois, Bolsonaro também citou a tentativa do PL de apontar supostos erros nas urnas eletrônicas, hipótese também desmentida e rejeitada pelo TSE que rendeu uma multa de R$ 22 milhões para o PL.
  • "Se você duvidar da urna, está passível de responder processo. Isso é crime. Mas tudo bem, não vamos duvidar das urnas aqui", declarou Bolsonaro.

"Qualquer medida de força sempre tem uma reação, tem que sempre buscar o diálogo para resolver as coisas. Não pode dar um soco na mesa e não se discute mais o assunto. Isso tudo trouxe uma massa pras ruas, protestando", continuou.

Bolsonaro diz que ato terrorista não se justifica

O presidente comentou também o episódio que quase fez com que uma bomba explodisse perto do Aeroporto de Brasília. Para ele, "nada justifica" a ação do seu apoiador.

Bolsonaristas suspeitos de invadir sede da PF foram presos

Uma operação conjunta da Polícia Federal e da Polícia Civil do Distrito Federal prendeu 4 pessoas ontem.

"O conjunto da investigação buscou identificar e individualizar as condutas dos suspeitos de depredar bens públicos e particulares, fornecer recursos para os atos criminosos ou, ainda, incitar a prática de vandalismo", diz trecho de nota divulgada pela PF sobre a operação.