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Posse esvazia acampamento golpista no QG do Exército em Brasília

Do UOL, em Brasília

02/01/2023 11h33

A posse de Lula (PT) levou a atividade golpista em frente ao QG do Exército, em Brasília, quase ao zero. O caminhão de lixo recolhendo entulhos materializava o desmonte do acampamento nesta segunda-feira de manhã.

Os sinais são evidentes

  • Manifestantes desmontando barracas
  • Ônibus recolhendo pessoas
  • Barraca-restaurante sem fila
  • Caminhoneiros saindo
  • Garis limpando o local do acampamento
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Homens dobram lona durante desmonte de barraca em acampamento em frente ao QG do Exército
Imagem: Felipe Pereira/UOL

Como quem ficou está?

A área em frente ao palco do acampamento, sempre cheia de pessoas em cadeiras de praia, estava vazia. Um único homem olhava ao redor. As marchas militares tocadas a todo momento, como a Canção do Expedicionário e o Hino à Bandeira, cessaram.

Pela primeira vez em dois meses se escutava o barulho dos pássaros. Quando eles não puderam mais ser ouvidos foi porque surgiu outro sinal de que os golpistas batiam em retirada: às 9h os caminheiros abandonaram o acampamento buzinando.

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Estacionamento vazio e onibus buscando últimos manifestantes
Imagem: Felipe Pereira/UOL

Estacionamento às moscas

O estacionamento era outro ponto que indicava a derrocada do acampamento golpista. Muitos manifestantes eram de Brasília e costumavam chegar de carro nas primeiras horas da manhã. Mas no dia seguinte à posse de Lula, eles não deram as caras.

O amplo terreno ficou vazio e quem deu as caras foram motoristas de ônibus que passaram recolhendo pessoas. Elas saíam cabisbaixas. O silêncio era um traço marcante do fim do acampamento. Não havia cultos, buzinaços e rodas de conversa.

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O acampamento era dividido em duas parte: uma delas estava completamente vazia
Imagem: Felipe Pereira/UOL

Os motivos do desconsolo

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Últimos petistas que viajaram a Brasília para posse de Lula deixam acampamento
Imagem: Felipe Pereira/UOL

E o lado lulista?

Também havia clima de levantar acampamento. Mas as pessoas recolhiam suas barracas em clima festivo. No pavilhão no parque Sara Kubitschek, que havia recebido gente de vários estados, militantes do PT trocavam contatos de WhatsApp.

Hélio Cavalcanti, 35 anos, terminava de arrumar o porta-malas do carro antes de encarar 2,3 mil quilômetros de estrada até João Pessoa. Pela primeira vez em Brasília, disse que viajou para mostrar a força popular e legitimar a posse de Lula.