Alckmin promete lealdade a Lula e ressalta estabilidade democrática
Ao tomar posse como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o vice-presidente reafirmou a lealdade ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De todas as cerimônias de posse de ministros até o momento, essa foi a única que contou com a presença de Lula. Para não tomar os holofotes, o presidente não discursou nem falou com a imprensa, em sinal de prestígio ao vice.
Tenha em mim aquele em quem o senhor pode confiar sempre a primeira e mais árdua missão, porque é inabalável meu compromisso com o senhor, o seu governo e nosso país. Que venham dias de crescimento e justiça social"
Geraldo Alckmin, durante a posse
Ele também declarou que a estabilidade política é fundamental para a economia. "Quando colocada em risco a democracia, a crise política acaba por fomentar terríveis crises econômicas", disse. "Na normalidade democrática é que o país pode crescer e se mostrar justo para o seu povo".
Ao longo de todo o discurso, Alckmin citou Lula e elogiou os governos anteriores do petista. "A nossa união não é episódica, de ocasião ou por uma eleição; a nossa união é por um país, por um povo e por seu direito de viver em um regime democrático e num país verdadeiramente produtivo", afirmou.
Além do presidente, também estavam na mesa a primeira-dama Janja da Silva, estão a esposa Lu Alckmin, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), e o presidente em exercício do Senado Federal, senador Veneziano do Rêgo (MDB-PB).
Alckmin não foi a primeira escolha de Lula para a pasta. O petista conversou com Josué Gomes, presidente da Fiesp e filho do primeiro vice de Lula, José Alencar. Gomes chegou a viajar a Brasília durante a transição de governo para se reunir com Lula e tratar do tema, mas recusou o convite.
Desde a campanha, Alckmin teve um papel central no diálogo com empresariado e setores conservadores da indústria — em especial a paulista, concentradora do PIB nacional, que ele governou por quase quatro mandatos.
Primeiro aceno ao centro que Lula fez ao firmar a chapa, o tucano histórico foi a grande surpresa e contribuição para a candidatura no início do ano.
Alinhado e com a confiança do presidente, tornou-se coordenador da equipe de transição e é um dos nomes a despontar para a sucessão de Lula em 2026.
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