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BH: PM diz que não foi acionada pelo 190 para agir em ataque a jornalistas

Profissionais de imprensa foram agredidos por bolsonaristas em acampamento golpista em Belo Horizonte (MG) - Reprodução
Profissionais de imprensa foram agredidos por bolsonaristas em acampamento golpista em Belo Horizonte (MG) Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL, em Maceió

06/01/2023 20h14

A Polícia Militar de Minas Gerais afirmou que não foi acionada para agir no momento em que profissionais de imprensa foram agredidos por bolsonaristas acampados em atos antidemocráticos na Avenida Raja Gabaglia, onde fica o Comando da 4º Região Militar do Exército, em Belo Horizonte.

Em nota, a corporação esclareceu que permaneceu com guarnições em frente ao quartel na parte da manhã para auxiliar as ações da prefeitura de Belo Horizonte. Contudo, na parte da tarde, quando ocorreram os ataques aos jornalistas, os agentes estavam em outros locais da capital.

"A PM-MG esclarece que, referente aos vídeos que circulam em redes sociais com agressões a profissionais da imprensa, a instituição já não estava presente no local e não foi acionada via 190 pelos envolvidos. A instituição ressalta que permanece à disposição para que toda e qualquer pessoa que tenha sido ofendida e/ou agredida registre os fatos."

Ataques. A prefeitura de Belo Horizonte desmontou hoje o acampamento bolsonarista em frente ao QG do Exército na Avenida Raja Gabaglia. Diversos profissionais de imprensa foram cobrir o despejo, mas militantes extremistas se irritaram e agrediram alguns profissionais de imprensa.

Repórteres da Band Minas e do jornal O Tempo foram violentados fisicamente e tiveram escoriações. Os golpistas também tentaram quebrar e danificar os equipamentos utilizados pela imprensa.

Ontem, um fotógrafo do jornal Hoje em Dia já havia sido agredido fisicamente por bolsonaristas. O profissional sofreu um ferimento na cabeça.

Prefeito repudiou violência contra a imprensa. Em coletiva hoje, Fuad Noman (PSD) comunicou a liberação da via, lembrou os esforços feitos contra o acampamento, montado em outubro após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas urnas, e condenou as cenas de violência contra jornalistas.

'Resquícios do fascismo'. Nas redes sociais, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo Lula no Congresso, disse que as cenas de violência contra jornalistas são reflexos do fascismo no Brasil.

"O que aconteceu em BH hoje é um reflexo dos resquícios do fascismo no Brasil. Toda minha solidariedade aos jornalistas agredidos pelos antidemocratas e criminosos", afirmou Randolfe.