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Manifestantes golpistas choram e se recusam a deixar QG em Minas

Do UOL, em São Paulo

06/01/2023 16h31Atualizada em 07/01/2023 09h19

Manifestantes golpistas foram retirados na sexta (6) de acampamento montado em frente ao Comando da 4ª Região Militar do Exército, em Belo Horizonte (MG).

Um deles, abraçado a outro, chorava e dizia aos agentes municipais que participavam do desmonte: "Não vai tirar, não. Pode matar (...) É o Brasil que está em jogo".

"Ninguém do Exército veio nos apoiar", disse um outro manifestante golpista em um vídeo publicado nas redes. Ao fundo, gritos de outros presentes no acampamento ecoam.

Participaram do desmonte do "QG bolsonarista" funcionários da prefeitura e agentes da guarda municipal. A Polícia Militar informou que esteve no local apenas como apoio à ação da Prefeitura de Belo Horizonte, mas "não atuou na operação".

Em nota, a prefeitura informou que "a via, que estava ocupada por estrutura irregular instalada por manifestantes, foi liberada por equipes municipais para garantir o direito constitucional da população de ir e vir".

Agressão contra profissionais da imprensa. Durante a operação, jornalistas que faziam a cobertura foram hostilizados e agredidos por manifestantes golpistas. Uma das equipes agredidas é do jornal O Tempo.

Em nota, a Sempre Editora, que publica o jornal, disse repudiar "qualquer tipo de agressão aos profissionais de imprensa em quaisquer situações."

Neste momento, em conjunto com os profissionais agredidos e com o departamento jurídico, a empresa estuda medidas judiciais cabíveis contra os agressores.

A violência contra equipes de reportagem foi citada pelo prefeito da capital mineira, Fuad Noman (PSD), ao anunciar a ação da Guarda Municipal.

  • Na quinta (5), um fotógrafo do jornal Hoje em Dia foi agredido pelos bolsonaristas.
  • Segundo a publicação, ele fotografava o acampamento de longe quando foi "descoberto" pelos presentes.
  • O fotógrafo recebeu "socos, chutes e até pauladas", e teve seu equipamento roubado, segundo o jornal.

Bolsonaristas choram e gritam após retirada

"Ninguém do Exército veio nos apoiar", disse um outro apoiador do acampamento em um vídeo publicado nas redes. Ao fundo, gritos de outros presentes no acampamento ecoam.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do informado na primeira versão desta reportagem, um manifestante golpista não faz ameaças aos agentes que desmontam o acampamento, mas resiste à remoção dizendo: "Não vai tirar, não. Pode matar (...) É o Brasil que está em jogo".