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Lula dá 2 semanas para Casa Civil listar prioridades de 100 dias de governo

Do UOL, em Brasília

06/01/2023 15h47Atualizada em 06/01/2023 17h42

O governo federal deverá definir o cronograma geral dos primeiros cem dias até o meio de janeiro. O prazo foi dado pelo presidente Lula (PT) aos ministros na primeira reunião ministerial da nova gestão, realizada hoje no Palácio do Planalto.

A Casa Civil será responsável por se reunir com todas as 36 outras pastas nas próximas duas semanas para definir as prioridades e ver o que é possível entregar ou começar o mais rápido possível, afirmou hoje o ministro-chefe Rui Costa.

Já a partir de segunda ou terça-feira eu começo as visitas e, quem já estiver pronto possa entregar à Casa Civil as suas propostas, os encaminhamentos para que faça um ritmo acelerado de entregas e ações de governo. E, em duas semanas, eu vou despachar com ele [Lula] para mostrar esse leque de prioridades. "
Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil

Até o final do mês, essas prioridades serão apresentadas à sociedade brasileira sob o comando e monitoramento da Casa Civil, informou Rui.

"[O objetivo será] priorizar as ações e atos concretos, com retomadas de programas, como Minha Casa, Minha Vida, ou com entrega de escolas e creches. Vamos hierarquizar [as obras] pelo maior percentual de conclusão", informou.

Ele confirmou ainda que Lula deverá visitar pelo menos dois estados — ainda a serem definidos — para entregar projetos ou visitar visitas de obras, antes da viagem à Argentina, em 22 de janeiro.

Segundo o ministro, a organização dos projetos foi o único tema da reunião. Em meio a falas desencontradas durante a primeira semana de mandato, havia a expectativa de que Lula procurasse também alinhar os discursos.

Rui negou qualquer tipo de bronca e afirmou que é "natural" que haja desencontros — e ainda deu uma cutucada na gestão Jair Bolsonaro (PL).

Eu quero destacar que só estamos no quinto dia útil de governo. É natural que nessa semana de posse ainda estamos arrumando a casa. Eu sei da ansiedade [por parte da imprensa], mas nós passamos quatro anos sem ouvir nenhum programa de governo."

Questionado, o ministro negou também que tenha havido qualquer fala sobre a ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil), e sua suposta relação com o ex-PM Juracy Alves Prudêncio, o Jura, condenado por homicídio e apontado como chefe de uma milícia na Baixada Fluminense.

É preciso ser político

Em sua fala de abertura, Lula ressaltou que a boa relação com o Congresso é vital para o governo e descartou que divergências entre as pastas sejam negativas, ressaltando a necessidade de compor um time político.

Rui afirmou que os próximos nomes de segundo escalão dos ministérios deverão seguir a mesma lógica.

O governo e a montagem do governo, no primeiro e nos outros escalões, busca contemplar o casamento, personificando nas mesmas pessoas, de capacidade técnica e de agregar política no Congresso Nacional. Não são composições diferentes."