Moraes fala em responsabilização por ataque e cita agentes públicos atuais
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou que os envolvidos nas invasões às sedes da Corte, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto serão responsabilizados, incluindo "anteriores e atuais" agentes públicos.
Mais cedo, a AGU (Advocacia-Geral da União) pediu a prisão do ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres, que foi ministro da Justiça do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Torres está nos Estados Unidos e foi exonerado hoje pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.
O pedido de prisão está nas mãos de Moraes, que é o relator dos inquéritos das fake news e das milícias antidemocráticas.
Os desprezíveis ataques terroristas à Democracia e às Instituições Republicanas serão responsabilizados, assim como os financiadores, instigadores, anteriores e atuais agentes públicos que continuam na ilícita conduta dos atos antidemocráticos. O Judiciário não faltará ao Brasil!"
Alexandre de Moraes, ministro do STF
A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo, também classificou os ataques como atos terroristas e disse que a Corte não se deixará intimidar pela violência.
"O STF atuará para que os terroristas que participaram desses atos sejam devidamente julgados e exemplarmente punidos. O prédio histórico será reconstruído", afirmou Rosa.
A Suprema Corte não se deixará intimidar por atos criminosos e de delinquentes infensos ao estado democrático de direito"
Rosa Weber, presidente do STF
Em nota, a ministra afirmou que o edifício-sede do STF, que é tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), foi "severamente destruído por criminosos, vândalos e antidemocratas".
"Lamentavelmente, o mesmo ocorreu no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto. As sedes dos três poderes foram vilipendiadas", disse.
Rosa manteve contato com autoridades de segurança pública durante a tarde, além do Ministério da Justiça e o governo do Distrito Federal. "Os agentes do STF garantiram a segurança dos ministros da Corte, que acompanharam os episódios com imensa preocupação".
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