Interventor no DF fala em 'sabotagem' de Torres: 'Mudou comando e viajou'
Ricardo Cappelli, que assumiu o controle da Segurança Pública do Distrito Federal após os atos terroristas do domingo (8), acusou o ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL) de sabotar o esquema de segurança na capital federal.
- Anderson Torres assumiu o comando da Secretaria de Segurança Pública do DF no dia 2 de janeiro; logo depois, tirou férias e foi para os Estados Unidos
- Ele foi exonerado pelo agora afastado governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), ainda no curso dos atos do domingo
- Torres nega que tenha agido de propósito e rejeita ligação aos movimentos
"Houve uma operação estruturada de sabotagem comandada pelo ex-ministro bolsonarista Anderson Torres. Ele montou a sabotagem e viajou", disse Cappelli em entrevista à CNN Brasil hoje.
Cappelli comparou o esquema de segurança da posse de Lula (PT) e o modo como os atos golpistas foram encarados pelas forças policiais — os fatos foram separados em uma semana.
O que mudou em 7 dias? É simples, no dia 2, Anderson Torres assumiu a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, exonerou todo o comando da secretaria e viajou. Se isso não é sabotagem, não sei o que é. Ricardo Cappelli, interventor federal no DF
"Problema não são os oficiais", diz Capelli
O interventor, que também é secretário-executivo do Ministério da Justiça, disse que eventuais "agentes da lei" que tenham agido errado no dia 8 de janeiro serão punidos, mas descartou envolvimento de toda a corporação na falha.
- No domingo, agentes da Polícia Militar do DF foram flagrados comprando água de coco e tirando foto com bolsonaristas após a invasão do Congresso Nacional
"O problema não é os oficiais, a corporação... Tive ao meu lado praticamente sem dormir dezenas de oficiais, delegados da Polícia Civil do Distrito Federal que cumpriram suas missões", disse.
"Há farto material para identificar não só a conduta dos manifestantes, mas também a conduta daqueles que como agentes da lei não cumpriram o seu papel", afirmou.
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