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Stycer: Cobrir atos golpistas não basta; imprensa deve defender democracia

Colaboração para o UOL, em São Paulo

11/01/2023 20h54Atualizada em 11/01/2023 20h54

O colunista do UOL Maurício Stycer criticou, durante participação no Análise de Notícias, a atuação das emissoras que não adotaram os ataques golpistas em Brasília como assunto principal no último domingo (8).

"Acho inadmissível que isso não tenha se tornado tema central da programação no domingo. Acho inadmissível que alguns canais não tenham derrubado suas grades para tratar desse assunto no domingo."

Ele detalhou que a cobertura começou nos canais com noticiários 24h, com boletins mostrando a invasão ao Congresso às 15h e as outras emissoras mostrando esporadicamente o que estava acontecendo a partir das 16h, mas que houve demora em se dar "conta da gravidade do que estava acontecendo". Stycer destacou que Globo e Band deram importância necessária aos ataques, mas que Record, SBT e RedeTV, mostraram o que estava acontecendo com pouca frequência em sua grade.

"Você dá um boletim extraordinário para um engavetamento de carros na Via Dutra que deixou alguns feridos e parou a estrada", disse. "Agora, uma tentativa de golpe de estado com imagens fartas, tinha muita imagem".

Para ele, não foi adequada a cobertura tímida de alguns veículos nos ataques. "Acho que não é normal. É altamente condenável essa cobertura que chamei de 'medíocre'. Fica uma mensagem estranha no ar de não querer mostrar uma coisa dessa gravidade", afirmou Stycer.

O colunista defende que a imprensa deve proteger a democracia e não se omitir. "Vários veículos se posicionaram claramente. A Globonews desde o início tratou as pessoas como 'bolsonaristas', 'golpistas' e 'radicais'. A CNN começou em dúvida chamando de 'manifestantes' e passou a chamá-los de 'criminosos'. A Band também usou palavras duras, os chamando de 'grupo radicais' e 'golpistas' em um momento".

O Análise da Notícia vai ao ar às terças, quartas e quintas, às 19h.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

Veja a íntegra do programa: