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ABI pede que PGR investigue ataques a jornalistas nos atos golpistas de 8/1

Sedes dos Três Poderes foram atacadas em atos golpistas em 8 de janeiro de 2023 - 8.jan.2023 - Gesival Nogueira/Estadão Conteúdo
Sedes dos Três Poderes foram atacadas em atos golpistas em 8 de janeiro de 2023 Imagem: 8.jan.2023 - Gesival Nogueira/Estadão Conteúdo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

16/01/2023 16h48Atualizada em 16/01/2023 16h53

A ABI (Associação Brasileira de Imprensa) protocolou uma representação à PGR pedindo que sejam investigadas as agressões a jornalistas durante os atos golpistas no dia 8 de janeiro.

O presidente da entidade, Octávio Costa, pediu ao procurador-geral da República, Augusto Aras, que instaure um procedimento preliminar para apurar os ataques e pedem também a responsabilização de todos os patrocinadores dos atos, por meio de inquérito civil público.

A representação é da última quinta-feira (12).

Quinze ataques a jornalistas que trabalhavam durante a cobertura das manifestações terroristas foram listados no documento.

A associação destaca que, além das agressões físicas e verbais, ocorreram danos ao patrimônio dos profissionais, como roubo e quebra de equipamentos, entre eles celulares e câmeras fotográficas.

O que mostra que "os agressores não só violaram o Estado Democrático de Direito, mas também outras garantias constitucionais, como a liberdade de imprensa", afirma a ABI na representação.

Ainda de acordo com o texto, é por meio do trabalho dos profissionais da imprensa que a população tem acesso à informação.

Desta forma, uma imprensa livre é aliada na preservação da democracia e deve ser "utilizada para evitar abusos do Poder Público e de extremistas, devendo ser respeitada e protegida por todos".

Vários ataques. Diversas notícias foram utilizadas para sustentar o texto enviado à PGR, dentre elas matéria publicada pelo UOL no dia 11 de janeiro que destaca que ao menos 40 jornalistas foram atacados durante os atos golpistas.

Segundo balanço feito por Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) e Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), as agressões aconteceram não só em Brasília, mas também em outras cidades, como:

  • São Paulo,
  • Rio de Janeiro,
  • Praia Grande (SP),
  • Ribeirão Preto (SP),
  • Curitiba,
  • Florianópolis,
  • Recife,
  • Natal,
  • Maceió,
  • Cuiabá,
  • Lucas do Rio Verde (MT),
  • Campo Grande
  • e Rio Branco.

Além da responsabilidade criminal, a ABI pede ainda que os responsáveis e os patrocinadores dos atos reparem os danos materiais e morais dos profissionais de imprensa que foram vítimas dos ataques.