Damares diz que réu por bomba atuou em ministério, mas não foi seu assessor
Wellington Macedo, réu pela tentativa de explodir uma bomba perto do Aeroporto Internacional de Brasília, foi assessor do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, durante a gestão de Damares Alves.
Pelo Twitter, a ex-ministra e senadora eleita confirmou que o blogueiro bolsonarista foi assessor, mas disse que ele não atuava diretamente com ela.
Trabalhou na área de comunicação da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente que, inclusive, funcionava em prédio diferente do Gabinete Ministerial."
Damares Alves (Republicanos-DF)
A senadora eleita ainda disse repudiar "todas as tentativas levianas de associar minha imagem às ações dele e/ou do grupo ao qual faz parte", que seria de uma ala radical do bolsonarismo.
Segundo ela, Macedo "prestou serviços no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, entre janeiro e outubro de 2019, quando foi exonerado do cargo".
Cargo ocupado era de um dos níveis mais altos. Segundo a tabela de remuneração de cargos comissionados do governo federal, a remuneração para tal cargo é de R$ 10.373,30.
No Portal da Transparência, é possível observar que o ex-servidor recebeu, além dos salários, cerca de R$ 24 mil em pagamentos do Executivo federal, entre eles indenizações após a exoneração e pagamentos de diárias.
O mesmo site indica ainda que, meses após deixar o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, o blogueiro passou a receber auxílio emergencial —quatro parcelas de R$ 600, pagas em maio, junho, julho e setembro de 2020.
Já foi preso por ato antidemocrático. Em 2021, o ex-assessor foi preso pela Polícia Federal pela divulgação de "ato violento e antidemocrático", no inquérito aberto para investigar a organização de manifestações violentas no feriado de 7 de Setembro.
Ano passado, concorreu a um cargo na Câmara dos Deputados pelo PTB. Nas redes sociais, onde se apresenta como coordenador nacional da Marcha da Família, ele pedia votos exibindo uma tornozeleira eletrônica — medida imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, em substituição ao decreto de prisão no inquérito dos atos antidemocráticos.
Damares e Bolsonaro. Ela foi escolhida para o Ministério pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Apesar de manter amizade próxima com Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, ela não recebeu apoio do então chefe do Executivo para a cadeira do Senado no Distrito Federal —Bolsonaro endossava a candidatura de Flávia Arruda (sem partido).
Que todas as denúncias sejam devidamente apuradas e que os culpados por atos ilegais sejam processados e julgados, nos termos da lei."
(Com Estadão Conteúdo)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.