Comandante da PM saiu de folga dias antes de atos golpistas, diz site
Jorge Eduardo Naime, então comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal, pediu dispensa entre os dias 3 e 8 de janeiro, segundo documentos obtidos pelo site Metrópoles.
O último dia de folga coincide com a data da invasão contra os Três Poderes em Brasília, quando bolsonaristas invadiram e destruíram os prédios, obras de arte, além de furtar armas e outros objetos.
As folgas foram autorizadas no dia 5 pelo gabinete do então comandante-geral Fábio Augusto. O pedido e a concessão da dispensa aconteceram em meio a convites para a "Festa da Selma", código usado por bolsonaristas para a convocação dos atos terroristas em Brasília.
O UOL procurou a assessoria de imprensa da Polícia Militar do Distrito Federal e aguarda retorno.
O Metrópoles diz que, apesar da folga, Jorge Naime foi convocado de emergência e atuou no dia da invasão. Alvo de uma investigação na corregedoria da PM por supostamente permitir a fuga de bolsonaristas, o PM nega que tenha feito corpo mole e diz que agiu com o rigor da lei.
Jorge Naime, Fábio Augusto e outros 11 servidores da da Secretaria de Segurança Pública do DF foram exonerados do cargo em 10 de janeiro pelo interventor no Distrito Federal, Ricardo Cappelli.
Segundo o Metrópoles, chamou atenção da cúpula do governo Lula (PT) a coincidente ausência de Jorge Naime e de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança do DF, no dia 8 de janeiro.
A PM nega que tenha facilitado a ação de bolsonaristas. Vídeos e fotos mostram que a PM escoltou os golpistas até a Praça dos 3 Poderes. Também há imagens de agentes tomando água do coco e tirando selfies enquanto o grupo avançava em direção aos prédios públicos.
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