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Advogados vão ao STF contra sobrinho de Bolsonaro por ida a ato golpista

Léo Índio, sobrinho de Bolsonaro em atos golpistas - reprodução redes sociais
Léo Índio, sobrinho de Bolsonaro em atos golpistas Imagem: reprodução redes sociais

Do UOL, em São Paulo

18/01/2023 15h44

O movimento Coletivo de Direito Popular, formado por advogados ligados à UFF (Universidade Federal Fluminense), entrou ontem com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) contra Léo Índio, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Eles pedem a prisão preventiva devido à participação dele no ato golpista que culminou na depredação de prédios públicos, em Brasília.

O que argumenta o movimento

  • Léo Índio participou do ato em que vários criminosos invadiram e destruíram prédios dos três poderes;
  • Aparentemente, ele esteve na linha de frente, pois teria sido reprimido e contido pelas forças policiais que teriam utilizado gás de pimenta contra ele;
  • Fez postagens de sua participação no ato golpista, no Instagram, com 12.747 curtidas e 2.289 comentários, evidenciando a sua capacidade de influência e mobilização.

Diante dos fatos e fundamentos a seguir expostos, ao final requer seja o 'Noticiado' [Léo Índio] investigado no bojo do Inquérito nº 4879 ou em outros que apurem condutas antidemocráticas, bem como, sugere-se seja requerida a prisão preventiva do mesmo.
Trecho da petição

Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, participou da invasão ao Congresso Nacional no dia 8. No Instagram, ele postou imagens no prédio e escreveu:

Focarão no vandalismo certamente. Mas sabemos a verdade. Olhos vermelhos = gás lacrimogêneo.
Léo Índio, nas redes sociais

  • Ele é primo de Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro, filhos de Bolsonaro
  • Em 2022, foi candidato a deputado distrital pelo PL, mas não conseguiu se eleger.
  • Foi para Brasília após a eleição de Bolsonaro, em 2019, e trabalhou como assessor do senador Chico Rodrigues (DEM-RR) até o parlamentar ser flagrado com R$ 30 mil na cueca.
  • Depois, foi funcionário da liderança do PL no Senado.

Antes dos cargos no Senado. Carlos Bolsonaro tentou emplacar Léo no Planalto, segundo a colunista do UOL Juliana Dal Piva. A ideia era que ele ocupasse algum cargo na Secretaria de Governo da Presidência da República. No entanto, o sobrinho do presidente foi barrado pelo então ministro da pasta, o general da reserva Alberto Santos Cruz.

Sem ensino superior. Auxiliares do ministro, à época, avaliaram que o currículo do sobrinho do presidente não tinha as qualificações necessárias para o cargo no ministério. Léo não possui ensino superior e sua experiência profissional prévia era como vendedor, além de assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), na época da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).