Aras rebate apelido de 'engavetador' e diz que PGR fez '30 anos em 3'
Em entrevista concedida ao SBT, Augusto Aras defendeu os dados de sua gestão frente à PGR (Procuradoria-Geral da República) e justificou sua postura diante de pedidos de investigação feitos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Uma simples suspeita levantada contra o Chefe de Estado promove um tsunami, uma tempestade, na bolsa de valores, no mercado financeiro. Isso pode comprometer geração de emprego, pode comprometer arrecadação tributária, a paz social.
Aras nega que tenha protegido Bolsonaro. Como procurador-geral da República, fica a cargo de Aras analisar pedidos de abertura de inquérito e, eventualmente, denunciar o presidente da República.
O apelido de "engavetador" vem de críticos da atitude de Aras com Bolsonaro, especialmente em relação aos fatos ocorridos nos períodos mais críticos da pandemia de covid-19, quando diversas ações do ex-presidente foram levadas à análise da PGR por parlamentares, juristas, entre outros.
Segundo Aras, dos 18 inquéritos contra Bolsonaro que tramitaram em sua gestão, pelo menos 7 ou 8 foram arquivados. Esse número inclui os 10 que foram enviados à PGR e ao STF (Supremo Tribunal Federal) pelos senadores da CPI da Covid após o término da comissão.
Já em relação à inclusão de Bolsonaro no inquérito que apura os responsáveis pelos atos golpistas de 8 de janeiro — um pedido feito pela própria PGR —, Aras afirma que a Polícia Federal ainda não retornou com os resultados das investigações preliminares devido ao pouco tempo para o trabalho desde o ocorrido.
"Se já tivéssemos os elementos, já teríamos apresentado denúncia. Esse inquérito ainda não voltou. Normalmente, a polícia tem um prazo de 60 dias", disse ele ao SBT.
Defesa da gestão: "30 anos em 3"
Aras argumentou que, "para o desgosto de alguns", houve "mais resultados que os últimos 12 anos anteriores à nossa gestão em relação ao combate à criminalidade".
- Os dados citados pelo PGR incluíram a investigação e prisão de "mais de 450 pessoas com prerrogativa de foro"
- Ele também alegou terem sido feitas, em média, 2 operações em conjunto com a Polícia Federal por mês
- O PGR também disse ter encontrado 4.782 processos em curso quando chegou ao cargo
"Na minha gestão, além de receber por mês 3.100 processos, ainda tive que dar conta do rescaldo das gestões anteriores. Nosso trabalho está praticamente todo em dia", justificou.
Atos golpistas: 200 denúncias devem ser apresentadas, diz Aras
Segundo o PGR, até essa sexta-feira (20) devem ser apresentadas mais 10 denúncias, "e provavelmente 200 denúncias nos próximos 15 dias", afirmou.
"Temos uma divisão em 4 temas: incitadores, as pessoas nos quartéis, aquelas que patrocinaram financeiramente os atos e as que participaram da violência", explicou.
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