Governo Lula dispensa 13 militares do gabinete de segurança
O governo Lula (PT) dispensou hoje mais 13 membros das Forças Armadas que atuavam no GSI (Gabinete de Segurança Institucional). Ontem, 40 militares que cuidavam do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente, também foram dispensados, em meio a uma crise de confiança após os atos terroristas de 8 de janeiro.
Conforme a lista publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União, dentre os militares dispensados havia lotados na Secretaria de Segurança Presidencial e no Escritório de Representação do Rio de Janeiro, cidade onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) morava.
Foram designados dois novos militares para funções no GSI — um para atuar na Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial e outro para trabalhar na Secretaria de Assuntos de Defesa e Segurança Nacional.
Reportagem do UOL publicada ontem mostrou que Lula não quer que o GSI volte a cuidar da sua segurança pessoal. Publicamente desconfiado com a guarda do Palácio do Planalto desde as invasões, ele tem pedido alternativas para substituir os militares.
Lula tem sido protegido por agentes da PF (Polícia Federal), que o acompanham desde que saiu da prisão, em 2019, e cuidaram de sua segurança na campanha. Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, o governo já estuda possibilidades.
Quando assumiu, Lula assinou um ato que estabelece uma espécie de modelo híbrido para a segurança: a PF fica com o seu entorno pessoal, enquanto o GSI —hoje comandado pelo general Gonçalves Dias— cuida do Palácio do Planalto.
O presidente tem falado abertamente em conivência em relação aos atos terroristas em Brasília.
Teve muita gente da Polícia Militar conivente, muita gente das Forças Armadas aqui dentro coniventes. Eu estou convencido de que a porta do Palácio do Planalto foi aberta para essa gente entrar, porque não tem porta quebrada. Ou seja, alguém facilitou a entrada deles aqui Lula a jornalistas, na semana passada
* Com reportagem de Lucas Borges Teixeira, do UOL em Brasília
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