Moraes mantém na prisão 2/3 dos golpistas detidos por ataques do dia 8
O ministro do Supremo Tribunal Federal concluiu hoje (20) as análises das audiências de custódia de 1.406 detidos em Brasília depois da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.
Do total, 942 pessoas ficarão presas preventivamente nos presídios da Papuda (homens) e Colmeia (mulheres). Outras 464 obtiveram liberdade provisória e devem cumprir medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica e não podem conversar com outros investigados, nem atuar nas redes sociais.
As prisões preventivas não têm prazo de encerramento, mas devem ser reavaliadas a cada 90 dias por Alexandre de Moraes. Dentre os crimes evidenciados, o ministro apontou indícios de:
- atos terroristas;
- associação criminosa;
- abolição violenta do estado democrático de direito;
- golpe de Estado;
- perseguição;
- incitação ao crime.
Segundo o gabinete de Moraes, o ministro "considerou que as condutas foram ilícitas e gravíssimas, com intuito de, por meio de violência e grave ameaça, coagir e impedir o exercício dos poderes constitucionais constituídos".
Para Moraes, houve "flagrante afronta à manutenção do Estado Democrático de Direito, em evidente descompasso com a garantia da liberdade de expressão".
As 1.459 audiências de custódia foram feitas em parceria com o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) e o TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios).
O ministro do STF também determinou que a Procuradoria-Geral da República, a Defensoria Pública e a OAB sejam intimadas para conhecimento das decisões.
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