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Encontro entre Lula e Maduro na Argentina é cancelado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - Sergio Lima/AFP
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) Imagem: Sergio Lima/AFP

Do UOL, em São Paulo

23/01/2023 12h01Atualizada em 23/01/2023 16h03

Compromisso entre os dois estava marcado para às 16h de hoje, mas não consta mais na agenda do presidente brasileiro.

O UOL entrou em contato com a Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República) para saber o motivo do cancelamento e aguarda retorno.

Em comunicado reproduzido pelo jornal "La Nacion", o governo venezuelano sugeriu "um plano de direita neofascista" para atacar Maduro.

Pretendem dar um espetáculo deplorável, para abalar os efeitos positivos de um evento regional tão importante, e assim contribuir para a campanha de descrédito --já malsucedida-- que vem sendo lançada contra nosso país desde o Império Norte-Americano (sic).
Governo de Nicolás Maduro

Segundo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo, o governo venezuelano, porém, ainda tenta viabilizar um encontro virtual entre os dois chefes de Estado.

O UOL apurou que Lula abordaria no encontro a retomada do diálogo com a Venezuela em nível presidencial e os temas a serem discutidos pelos países na Celac (Cúpula de Estados Latino-americanos e Caribenhos).

Lula já se encontrou com Alberto Fernández, chefe da Estado da Argentina.

O presidente brasileiro desembarcou ontem na Argentina para inaugurar uma agenda de simbolismo político. Priorizar a relação com países da América Latina, após anos de desgaste com a gestão Jair Bolsonaro, é um objetivo do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

Durante os últimos três anos, desde quando Fernández assumiu o poder, Bolsonaro não visitou a Argentina por razões ideológicas, irritado com a visita do argentino a Lula na prisão em Curitiba, em 2019.

Em dezembro, ainda antes da posse de Lula, o chanceler disse que recebeu ordens do petista para retomar relações com a Venezuela, reconhecendo Maduro como presidente do país.

Na ocasião, ele foi questionado sobre Juan Guaidó, que era reconhecido pelo governo Bolsonaro como o "presidente interino" da Venezuela. Mas o ministro afirmou que o governo Lula voltaria a reconhecer Maduro como chefe de Estado do país.

A embaixada [será aberta] junto ao governo que está, ao governo que foi eleito e que está lá [na Venezuela], é o governo do presidente Maduro."