Em visita à Argentina, Lula mudou sua agenda para se reunir hoje com Nicolás Maduro. O encontro entre os presidentes de Brasil e Venezuela deve tratar da retomada das relações entre os dois países, interrompida durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Em participação no UOL News - Manhã desta segunda, Josias de Souza ressaltou a importância do encontro entre Lula e Maduro. Para o colunista, além do estreitamento de laços, o presidente do Brasil precisa ser firme e cobrar a dívida que a Venezuela tem com o país, da ordem de R$ 6 bilhões, impulsionada durante os governos de Lula e Dilma Rousseff.
Não faz sentido o Brasil distribuir caneladas nos vizinhos. A Venezuela é uma grande devedora do Brasil. Lula voltou à presidência em um instante em que o Brasil precisa cobrar essa dívida. Esse encontro é importante do ponto de vista geopolítico e econômico. É preciso ver se Lula vai exercer papel de cobrador da dívida que ele ajudou a formar. Josias de Souza, colunista do UOL
Josias: Por contorno político do 8/1, militares deveriam ir à Justiça comum
A punição a militares e parlamentares envolvidos nos atos golpistas do dia 8 esbarra em vetos de Jair Bolsonaro (PL) a trechos da Lei do Estado Democrático de Direito. Josias cobrou a derrubada dessas medidas e que todos os envolvidos, sejam militares ou políticos, sejam investigados pela Justiça comum.
Esses vetos precisam ser derrubados. Isso é inquestionável. Não há que se falar nesse momento em atenuar pena de militares e facilitar a vida de políticos que difundiram mensagens que estimularam o 8 de janeiro. Esses crimes têm contorno político e não faz sentido deixar os militares sendo cuidados por seus pares. Todos têm que ser julgados pela Justiça comum."
Discussão sobre moeda única causa mal-estar e interessa pouco ao Brasil, analisa Josias
A viagem de Lula à Argentina começou com uma polêmica em torno dos planos de criação de uma moeda única para transações comerciais dentro do Mercosul. Josias apontou como essa discussão não interessa ao Brasil e vale mais para o país vizinho.
Essa visita começou com um ruído e causou um certo mal-estar na chegada do Lula. Há uma grande confusão, que aparentemente interessa aos argentinos. Até do ponto de vista eleitoral. O que está em discussão, que é uma moeda comum para as transações comerciais, é muito interessante para a Argentina, que tem reservas baixíssimas. Não faz o menor sentido abandonarmos o real."
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