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Lira libera R$ 70 milhões a deputados para garantir vitória, diz jornal

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) - Marina Ramos/Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) Imagem: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

Colaboração para o UOL, em Salvador

26/01/2023 19h26

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), liberou alguns benefícios que somam R$ 70 milhões aos cofres públicos para deputados que irão escolher, na próxima quarta-feira, dia 1º de fevereiro, o novo líder da Casa para o biênio 2023/2025.

Com a movimentação, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o pepista, que é candidato a reeleição, visa obter uma "vitória acachapante" na Câmara.

De acordo com a reportagem, entre as benesses distribuídas por Lira em menos de um mês, estão:

  • R$ 9 mil para gastar com combustível e R$ 4 mil para outras despesas, como auxílio-moradia;
  • reajuste salarial de mais de R$ 7 mil a partir de abril, quando os rendimentos dos parlamentares serão de R$ 41.650,92;
  • reajuste de servidores da Câmara: aumento de 6% a cada fevereiro de 2023, 2024 e 2025;
  • reajuste de 6% da Verba de Gabinete para abarcar o aumento dos servidores. Cada deputado tem R$ 111.675,59 por mês para pagar salários de até 25 secretários parlamentares, que trabalham em Brasília ou nos Estados;
  • reembolso de até quatro passagens áreas, de ida e volta, por mês, fora da cota parlamentar;
  • estrutura adicional de 65 comissionados e de cargos de natureza especial para Lideranças de Partidos Políticos e Federações Partidárias.

Lira conta com o apoio do presidente Lula, do PT e de partidos do Centrão para garantir sua recondução no cargo.

Até o momento, o único candidato lançado para desafiar Lira é o deputado eleito Chico Alencar (PSOL-RJ).

A colunista do UOL Thaís Oyama revelou hoje que o deputado Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL-SP) comunicou oficialmente ao presidente do seu partido, Valdemar Costa Neto, que pretende concorrer à Presidência da Câmara contra o pepista.

A candidatura do bolsonarista, no entanto, não abalaria o favoritismo de Lira, que segue em busca do maior número de votos para se tornar o candidato mais bem votado da história da Câmara.