Por ordem de Lula, FAB restringe voos em terra Yanomami a partir de quarta
A FAB (Força Aérea Brasileira) vai restringir nesta quarta-feira (1º), a partir de 0h, o tráfego aéreo sobre a terra indígena Yanomami. A medida, determinada em um decreto do presidente Lula, tem a função de impedir voos de apoio ao garimpo na região.
O espaço aéreo será dividido em três zonas, conforme a região e a altitude das aeronaves. Aviões e helicópteros que estiverem trafegando em zonas proibidas poderão ser apreendidos assim que pousarem, segundo prevê o decreto.
O documento não deixa claro se, em caso de descumprimento das regras, as aeronaves podem ser abatidas durante o voo. Mas os artigos de lei que embasam a medida falam apenas na possibilidade de agir após a aterrissagem.
O UOL procurou a FAB para esclarecer esse ponto, mas a reportagem não obteve retorno até o fechamento desta matéria.
As restrições, segundo a FAB, não serão aplicadas a todo o território Yanomami — que tem 96.650 km², área semelhante à de Santa Catarina —, mas apenas à região mais afetada pelo garimpo, no noroeste de Roraima.
Nessa zona restrita, apenas as aeronaves que sobrevoarem a terra indígena acima de 4.833 metros de altitude estarão livres de fiscalização especial, e continuarão submetidas às regras normais de tráfego aéreo.
Para voos abaixo desse limite, a FAB criou três zonas:
- Zona reservada (área branca) - Voos entre 1.833m e 4.833m de altitude, em toda a zona monitorada. Nesta condição, aviões e helicópteros podem trafegar normalmente, mas estarão sob vigilância da FAB.
- Zona restrita (área amarela) - Voos entre o solo e 1.833m de altitude, em uma faixa na porção leste da zona monitorada. Nesta condição, aeronaves só poderão trafegar com plano de voo e contato com os órgãos de controle
- Zona proibida (área vermelha) - Voos entre o solo e 1.833m de altitude, na maior parte da zona monitorada. Neste ponto, só serão autorizadas a voar as aeronaves militares ou outras envolvidas na operação.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.