Líder do governo diz ter tomado "um susto" com revelações de Do Val
O deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, disse ter levado "um susto" com a denúncia do senador Marcos do Val (Podemos-ES) sobre uma suposta participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma sugestão de golpe contra a eleição de Lula (PT).
A conversa entre os dois e o então deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), preso hoje, teria acontecido no Palácio da Alvorada, em dezembro. Em reunião no Planalto nesta manhã para definir as vice-lideranças do governo na Câmara, Guimarães negou ter tratado do assunto com Lula.
Eu tomei um susto hoje de manhã. Eu pessoalmente, não o governo -- não conversamos sobre esse assunto --, mas esse processo todo que aconteceu no dia 8 [de janeiro] a Justiça está avaliando. Nós queremos que tudo que ocorreu seja devidamente apurado."
José Guimarães, líder do governo na Câmara
Nesta madrugada, o senador fez uma transmissão nas redes sociais relatando a suposta coação de Bolsonaro. Ele disse que teria sido procurado por Silveira para tentar impedir a eleição de Lula.
"Na sexta-feira, vai sair na [revista] Veja a tentativa de Bolsonaro de me coagir para que eu pudesse dar um golpe de Estado junto com ele. Só para vocês terem uma ideia. E é lógico que eu denunciei", disse o senador.
Segundo o senador, o intermediário seria Silveira. O ex-deputado foi preso por descumprimento de medida cautelar expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Segundo a Veja, Do Val disse ainda já ter informado Moraes sobre o plano golpista.
Guimarães evitou falar sobre o assunto. Segundo ele, a reunião com Lula e mais 13 dos 15 futuros vice-líderes do governo (um de cada partido da base) era apenas de "alinhamento". Os deputados tomaram posse oficialmente ontem (1º).
[Esse caso] não foi tratado [com Lula], nem é meu papel como líder de governo tratar desse assunto."
José Guimarães, líder do governo na Câmara
A reforma tributária foi os assuntos tratados na reunião. Segundo Guimarães, há uma expectativa que a proposta — ainda em elaboração pelos ministérios da Fazendo e do Planejamento e Orçamento — seja aprovada "pelo menos até o final do ano".
"[A reforma] está sob o comando do ministro [da Fazenda, Fernando] Haddad. Conversei um pouco com os vice-líderes — tem especialistas aqui na área —e nós vamos começar a dialogar a partir de segunda-feira sobre o conteúdo dela, o que nós podemos fazer antecipadamente para ter uma reforma robusta", afirmou o deputado.
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