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MPF quer levar à Justiça Federal ação sobre bomba no aeroporto de Brasília

Polícia foi acionada para desarmar bomba próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília                              - Valter Campanato/Agência Brasil
Polícia foi acionada para desarmar bomba próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

03/02/2023 16h04Atualizada em 03/02/2023 16h17

O MPF (Ministério Público Federal) propõe levar à Justiça Federal sobre uma bomba perto do aeroporto de Brasília.

A ação é contra três suspeitos de planejar e tentar executar a explosão de um artefato em um caminhão com querosene nos arredores do terminal aéreo, na véspera de Natal do ano passado.

Hoje, o caso está apenas na Justiça distrital.

O que argumenta o MPF

  • Que os crimes cometidos pelos acusados são de natureza federal e que, por isso, o julgamento não deve ficar dividido entre Justiça Distrital e Federal;
  • O órgão diz que os acusados também praticaram atentado contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou aéreo;
  • Eles também teriam tentado a abolição violenta do Estado Democrático de Direito;

Não bastasse, ressai dos autos que o plano dos acusados, elaborado com manifestantes que estavam no quartel-general do Exército, tinha como objetivo principal a abolição do Estado Democrático de Direito.
Trecho do processo

Em janeiro, o TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios) aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou réus os três homens.

Quem são os 3 réus

Em decisão, o juiz Osvaldo Tovani, da 8ª Vara Criminal do Distrito Federal, afirma que a denúncia do Ministério Público preenche os requisitos para abrir uma ação penal contra o trio.

George Washington Sousa - Reprodução / Twitter                             - Reprodução / Twitter
George Washington Sousa foi o primeiro suspeito de participar do atentado a ser preso
Imagem: Reprodução / Twitter

George Washington de Oliveira Souza foi preso logo após a descoberta do artefato. Ele confessou o plano, disse que gastou R$ 170 mil com armas para um possível atentado e acusou Alan Diego dos Santos de ser parceiro na tentativa do crime.

Wellington Macedo de Souza teria posto o artefato no caminhão com querosene nas proximidades do aeroporto.

Alan Diego dos Santos teria auxiliado na preparação do artefato explosivo.

O trio responderá pelo crime de explosão. Segundo o Código Penal, trata-se de expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de alguém mediante explosão, arremesso ou colocação de dinamite, ou substância análoga. A pena pode variar de três a seis anos de prisão, além de multa.

Os réus também respondem a processos relacionados ao crime de terrorismo, mas este caso tramita na Justiça Federal.