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PTB diz que expulsará bolsonarista réu por bomba em Brasília

Em campanha para deputado, Wellington Macedo mostrava tornozeleira eletrônica - Divulgação
Em campanha para deputado, Wellington Macedo mostrava tornozeleira eletrônica Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

16/01/2023 19h35Atualizada em 16/01/2023 19h35

Wellington Macedo concorreu a deputado federal por São Paulo em 2022 pelo partido e deixará de fazer parte do quadro. A informação foi revelada pelo Metrópoles e confirmada pelo UOL.

O blogueiro bolsonarista é réu pela tentativa de explodir uma bomba perto do Aeroporto Internacional de Brasília, com George Washington de Oliveira Souza e Alan Diego dos Santos.

O trio de bolsonaristas responsável pelo artefato explosivo participaram das manifestações em frente ao quartel-general do Exército na capital federal, que só foi desfeito após os atos terroristas que depredaram as sedes dos três Poderes no último domingo (8).

Ex-assessor em Ministério de Damares. Pelo Twitter, a ex-ministra e senadora eleita Damares Alves confirmou que o blogueiro bolsonarista foi assessor, mas disse que ele não atuava diretamente com ela na pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos.

Segundo ela, Macedo "prestou serviços no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, entre janeiro e outubro de 2019, quando foi exonerado do cargo".

Cargo ocupado era de um dos níveis mais altos. De acordo com a tabela de remuneração de cargos comissionados do governo federal, a remuneração para tal cargo é de R$ 10.373,30.

No Portal da Transparência, é possível observar que o ex-servidor recebeu, além dos salários, cerca de R$ 24 mil em pagamentos do Executivo federal, entre eles indenizações após a exoneração e pagamentos de diárias.

O mesmo site indica ainda que, meses após deixar o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, o blogueiro passou a receber auxílio emergencial —quatro parcelas de R$ 600, pagas em maio, junho, julho e setembro de 2020.

Já foi preso por ato antidemocrático. Em 2021, o ex-assessor foi preso pela Polícia Federal pela divulgação de "ato violento e antidemocrático", no inquérito aberto para investigar a organização de manifestações violentas no feriado de 7 de Setembro.

Ano passado, concorreu a um cargo na Câmara dos Deputados pelo PTB. Nas redes sociais, onde se apresenta como coordenador nacional da Marcha da Família, ele pedia votos exibindo uma tornozeleira eletrônica —medida imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, em substituição ao decreto de prisão no inquérito dos atos antidemocráticos.

(Com Estadão Conteúdo)