PSD expulsa suspeito de armar bomba no DF; Alan Diego foi candidato em 2016
O diretório do PSD em Mato Grosso determinou hoje a expulsão do eletricista Alan Diego Rodrigues dos Santos, 32 anos, do quadro de filiados. Ele foi candidato a vereador pela sigla na cidade de Comodoro, em 2016, mas não conseguiu se eleger.
Preso desde sábado (24), após confessar participação no plano de plantar um artefato explosivo numa área de acesso do Aeroporto Internacional de Brasília, o empresário George Washington Oliveira Sousa, 54, apontou em depoimento à PC-DF (Polícia Civil do Distrito Federal), o nome de Alan como um dos manifestantes acampados no Quartel-General do Exército que teria ajudado no atentado.
"Eu entreguei o artefato a Alan e insisti que ele instalasse em um poste de energia para interromper o fornecimento de eletricidade, porque eu não concordei com a ideia de explodi-lo no estacionamento do aeroporto. Porém, eu soube pela TV que a polícia tinha apreendido a bomba no aeroporto e que o Alan não tinha seguido o plano original", disse Sousa.
O que diz o PSD de Mato Grosso? "Diante das informações recebidas, o PSD decidiu pela expulsão de Alan Diego como filiado. Os fatos imputados a ele, conforme veiculado pela imprensa, são graves e inaceitáveis, se constituem crimes e precisam ser punidos com o rigor da lei", afirmou ao UOL o senador Carlos Fávaro (PSD-MT), presidente do PSD no Estado e cotado para o Ministério da Agricultura no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Manifestações antidemocráticas precisam ser rechaçadas. O PSD é um instrumento para a realização do processo político fiel ao princípio democrático e ao regime republicano, jamais aceitando ou relevando manifestações que atentem contra o Estado Democrático de Direito", concluiu o congressista.
O UOL tenta contato com Alan Diego por WhatsApp. Foragido, ele não tem representação junto aos órgãos oficiais.
Suspeitos estiveram no Senado em novembro
- Na reunião, parlamentares e outras autoridades apontaram indícios de "anomalia" no processo eleitoral
- Criticaram o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por descartar questionamentos sobre a segurança das urnas
- Atacaram a atuação do ministro Alexandre de Moraes
A Polícia do Senado afirma ter descoberto quem autorizou a entrada dos homens. No entanto, o nome do responsável pela liberação não foi divulgado. Participaram da audiência bolsonaristas famosos, como Carla Zambelli (PL-SP), Filipe Barros (PL-PR), Daniel Silveira (PTB-RJ), Bia Kicis (PL-DF), Osmar Terra (MDB-RS), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Gustavo Gayer (PL-GO), Zé Trovão (PL-SC), Magno Malta (PL-ES) e Marcel van Hatten (Novo-RS).
Randolfe Rodrigues (REDE-AP) pede explicações. Em ofício enviado hoje ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o congressista pede explicações sobre a participação dos suspeitos.
"O Congresso Nacional, em hipótese alguma, pode ser abrigo para terroristas. Isso é um absurdo sem precedentes. Precisamos dar uma resposta ao povo e mostrar que a casa de leis não é conivente, de forma alguma, com esses criminosos", afirmou.
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