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Delegado que investigou facada em Bolsonaro assume cargo de diretor na PF

Rodrigo Morais Fernandes, delegado da Polícia Federal, durante audiência na Câmara Rodrigo Morais Fernandes, delegado da Polícia Federal, durante audiência na Câmara - 18.ago.2015 - Reprodução/TV Câmara
Rodrigo Morais Fernandes, delegado da Polícia Federal, durante audiência na Câmara Rodrigo Morais Fernandes, delegado da Polícia Federal, durante audiência na Câmara Imagem: 18.ago.2015 - Reprodução/TV Câmara

Do UOL, em São Paulo

13/02/2023 09h24Atualizada em 13/02/2023 11h33

O delegado responsável pela investigação da facada que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) levou durante evento de campanha em 2018 assumiu a Diretoria de Inteligência Policial da Polícia Federal. A nomeação de Rodrigo Morais Fernandes foi publicada hoje no Diário Oficial da União.

Na PF há mais de 20 anos, Fernandes já havia sido indicado pelo diretor-geral da instituição para assumir a coordenadoria desse mesmo órgão durante o governo Bolsonaro. Como é um cargo de confiança, a nomeação dependia da Casa Civil, que não deu andamento ao pedido.

O motivo do bloqueio da indicação é investigado no inquérito sobre a suposta interferência de Bolsonaro na PF, denunciada pelo atual senador Sergio Moro (União-PR) ao se demitir do Ministério da Justiça em 2020.

Caso da facada

Duas apurações sobre o ataque a Bolsonarochegaram à mesma conclusão: Adélio Bispo agiu sozinho e sofre de transtorno delirante persistente, o que impede que ele responda pelo crime.

Bolsonaro se queixou publicamente várias vezes sobre a investigação, apesar das conclusões. No início do ano passado, a PF abriu uma terceira investigação sobre o caso.

Adélio foi preso no ato e confessou o crime. Ele está preso há cinco anos no presídio federal de Campo Grande, onde, de acordo com o colunista do UOL Josmar Jozino, já foi hostilizado e agredido por funcionários.