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CPI que investiga 8/1 ouvirá Anderson Torres em 9 de março

Colaboração para o UOL, em Salvador

14/02/2023 20h17Atualizada em 15/02/2023 16h15

O cronograma dos depoimentos foi definido ontem durante a primeira reunião realizada pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara do Distrito Federal.

Além da convocação do ex-secretário de segurança do DF, os deputados aprovaram a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático.

A CPI investiga os atos golpistas ocorridos em Brasília nos dias 12 de dezembro do ano passado e 8 de janeiro deste ano.

A CPI também aprovou as seguintes convocações:

  • Fernando de Sousa Oliveira, ex-secretário executivo da SSP-DF, será ouvido no dia 2 de março;
  • Coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia Militar do DF, prestará depoimento no dia 30 de março;
  • Marília Ferreira, ex-subsecretária de Inteligência da SSP-DF, também será ouvida no dia 2 de março;
  • Júlio de Souza Danilo, ex-secretário da SSP-DF, prestará depoimento no dia 23 de março;
  • Coronéis da PM-DF Jorge Eduardo Naime e Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues serão ouvidos no dia 16 de março;
  • Tenente-coronel da PM-DF Jorge Henrique da Silva Pinto, prestará depoimento no dia 23 de março.
Outros requerimentos aprovados pela CPI:
  • Disponibilização pela PM-DF da relação de policiais que estavam designados para o acompanhamento dos manifestantes;
  • Disponibilização, pelo Senado e Câmara dos Deputados, dos arquivos e imagens, internas e externas, referente aos fatos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023;
  • Disponibilização, pela ABIN, dos alertas que foram feitos para a SSP- DF;
  • Solicitação à Corregedoria da PM-DF do compartilhamento de todos as informações das investigações internas, assim como a ordem de serviço detalhada com a organização, a convocação e a distribuição dos Policiais Militares que trabalharam nos Atos Antidemocráticos ocorridos em Brasília com a CPI;
  • Compartilhamento de todos os dados da Polícia Civil do distrito Federal-PCDF com a CPI.

Depoimento à PF

Em depoimento à PF (Polícia Federal) no último dia 2, Anderson Torres foi questionado sobre as medidas adotadas pela Secretaria da Segurança Pública do Distrito Federal em meio aos atos golpistas de 8 de janeiro, que culminaram na invasão e depredação das sedes dos três Poderes.

"Indagado se recebeu informações ou informe de inteligência sobre as manifestações que ocorreriam naquela data, respondeu que recebeu essas informações no dia 6, pela manhã. Que essas informações não indicavam ações radicais", aponta trecho da oitiva.

Perícia da PF enviada ao STF (Supremo Tribunal Federal) no dia 9 deste mês mostra que Torres tentou barrar entrada de golpistas na sede da Suprema Corte.

"Não deixe chegar ao Supremo", escreveu Anderson Torres ao delegado Fernando Oliveira em 8 de janeiro durante as invasões aos prédios dos Três Poderes.

A Polícia Federal não pôde realizar perícia no celular pessoal de Anderson Torres, porque o aparelho não foi localizado pelos agentes. Segundo o advogado do ex-secretário, Rodrigo Roca, ele "perdeu" seu aparelho celular nos Estados Unidos devido à "correria" para voltar ao Brasil após ter pedido de prisão expedido.