Embaixadora: Reunião de Lula e Biden durou 1 hora e não tratou de Bolsonaro
A reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, estava programada para durar 15 minutos, mas durou mais de uma hora. Apenas intérpretes acompanharam os dois mandatários neste primeiro encontro, que ocorreu na última sexta-feira (10).
A informação foi divulgada pela embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley. Uma possível extradição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não foi debatida entre os dois líderes, ainda segundo a diplomata.
"Devido a uma agenda apertada, a reunião entre o presidente Biden e o presidente Lula estava prevista para durar 15 minutos. No entanto, durou mais de uma hora", afirmou a embaixadora em declaração à imprensa hoje.
Biden e Lula tiveram uma segunda reunião de mais de uma hora de duração com a presença de autoridades americanas e do governo brasileiro. A embaixadora participou deste encontro.
Durante toda sua declaração, a diplomata frisou a importância da parceria e da "sinergia" entre os dois países. Ela disse que Biden vê Lula como um líder regional e global.
Bagley, no entanto, nega que a situação do passaporte de Jair Bolsonaro tenha sido tema da conversa entre os dois. Ela foi questionada se juízes norte-americanos estariam em contato com ministros brasileiros tratando sobre o tema.
"Isto é algo que seria [tratado] entre os governos. Até onde nós sabemos nada foi discutido nesse sentido. Soubemos apenas através da imprensa que ele [Bolsonaro] pretende retornar. Não foi discutido tanto na reunião dos presidentes quanto na reunião com os gabinetes", concluiu.
Fundo Amazônia. Bagley afirmou que a Casa Branca e o Senado norte-americano irão decidir "nas próximas semanas" o valor a ser empenhado para o Fundo Amazônia.
Navios iranianos. A embaixadora afirmou que os Estados Unidos veem com "muita preocupação" a possibilidade de navios iranianos ancorarem no Rio de Janeiro. O governo brasileiro vetou a ancoragem.
"Esses navios no passado facilitaram comércio ilícito e atividades terroristas. Nós acreditamos fortemente que esses navios não deveriam atracar em qualquer lugar", disse.
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