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Calejon: Presidente que resistiu à pressão de deputados por verbas caiu

Colaboração para o UOL, em São Paulo

16/02/2023 09h04Atualizada em 16/02/2023 10h52

Em participação no UOL News desta quinta, Cesar Calejon alertou que o último presidente a tentar resistir à pressão do Congresso sofreu impeachment. Ao analisar o acordo entre o governo Lula e Arthur Lira (PP) para distribuir parte da verba de ministérios para bancar emendas de deputados novatos, o jornalista concorda tratar-se de uma forma questionável de negociação, mas disse que ainda não é possível encontrar outra maneira de fazer isso sem comprometer a governabilidade.

É uma questão absolutamente sensível. Precisamos contemplar o interesse público e existe pouca racionalidade na forma como esta verba está sendo alocada. Não existe outra forma de se fazer isso? A meu ver, histórica e culturalmente, não. A presidente que tentou fazer isso caiu. Isso ficou muito claro quando Temer disse que ela caiu por conta de desgaste junto ao Congresso. Cesar Calejon, jornalista.

Para Calejon, a maior habilidade política de Lula na comparação com Dilma o permite ter mais jogo de cintura para contemplar as necessidades dos congressistas.

Houve desgaste da Dilma junto ao parlamento porque ela não quis atender às demandas feitas naquela ocasião. Lula é um político mais habilidoso do que a Dilma e capaz de lidar com esse tipo de demanda. Ele conhece muito bem cada parlamentar. Cesar Calejon, jornalista

Josias: Sai o orçamento secreto, entra a mesada ministerial

Josias de Souza condenou o acordo entre o governo Lula e Arthur Lira (PP). Na opinião do colunista do UOL, Lula se equipara a Jair Bolsonaro, a quem criticou por conta do orçamento secreto, ao se render aos desejos do presidente da Câmara. Ele ainda questionou se não haveria outra forma de fazer esta negociação.

A negociação é necessária, mas há modos de negociar. Isso mostra que, na política, nada se cria nem se copia e tudo acaba se corrompendo. Sai o orçamento secreto e entra agora a mesada ministerial. Desde que assumiu o terceiro mandato, Lula vem defendendo a valorização da política. Mas no chão batido do Congresso, o que se vê é a mesma adesão de Lula ao estilo Lira de fazer política. Josias de Souza, colunista do UOL

TCU parece parte e não solução do problema do cartão corporativo de Bolsonaro, diz Josias

Josias criticou a demora do TCU (Tribunal de Contas da União) para analisar os gastos de Jair Bolsonaro no cartão corporativo. O colunista considerou um "escândalo" essa lentidão do órgão, já que a função dele é exatamente fiscalizar esse tipo de despesa.

Não sei o que é mais escandaloso: o mau uso do cartão corporativo ou o TCU apurar agora o que houve. Presumivelmente, o TCU existe para fazer esse tipo de verificação com regularidade. Aí você descobre que o TCU precisa ser provocado por um pedido para iniciar uma investigação. Francamente, me parece que o Tribunal é parte do escândalo. Josias de Souza, colunista do UOL

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