PF apreende barras de ouro e prata com mais de 1 kg em ação contra garimpo
A Polícia Federal apreendeu barras de ouro e prata cujos valores ultrapassam R$ 300 mil. Na quarta-feira (15), durante a Operação Sisaque, os agentes ainda recolheram dinheiro em espécie, documentos e fizeram a prisão de um homem e de uma mulher. Uma terceira pessoa continua foragida.
Os alvos da apuração são comerciantes de ouro e outros metais preciosos que retiram os produtos de locais proibidos, como terras indígenas e áreas de preservação ambiental. Os minerais eram revendidos para o exterior por meio de uma empresa nos Estados Unidos.
Os valores das barras apreendidas, porém, são pequenos diante do esquema investigado. A Justiça Federal ordenou o confisco de R$ 2 bilhões das contas bancárias dos envolvidos.
Uma barra de ouro foi apreendida em Santarém (PA), pesando mais de 1 kg, segundo o UOL apurou. Outra barra de peso similar era feita de uma mistura de prata e ouro. As peças valem mais de R$ 300 mil, de acordo com cotações dos sites Melhor Câmbio e Bullion Rates.
Como era o esquema? Pequenas empresas compravam ouro de áreas proibidas na Amazônia. Para disfarçar, faziam uma nota fiscal fria informando que adquiriram os metais em uma lavra legalizada. Mas os policiais descobriram que nem sequer existia mineração no local onde estava autorizada essa lavra.
Com esse documento falso, essas empresas menores vendiam o ouro para duas grandes empresas. Uma dessas firmas maiores pertence a um homem e a uma mulher da mesma família. Eles foram presos na quarta-feira (16) pela PF no Pará. A outra firma é ligada a outra mulher, que conseguiu não ser presa.
As duas empresas grandes revendiam o ouro para uma empresa nos EUA. Era essa firma no exterior que comercializava o metal para o resto do mundo.
Aonde o ouro chegava? Segundo a PF, o ouro tirado ilegalmente do Brasil —e talvez de países estrangeiros na fronteira com o Brasil— chegava à Suíça, Itália, China e Emirados Árabes Unidos.
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