Zambelli sobre silêncio de Bolsonaro: 'Corremos atrás do próprio rabo'
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) repetiu hoje críticas ao presidente Lula (PT) e afirmou acreditar que Jair Bolsonaro (PL) tenha informações que justifiquem a permanência dele nos Estados Unidos, onde ele está desde o fim de dezembro de 2022.
- Ela destacou que, sem o ex-presidente no Brasil, seu grupo político tem dificuldade em se organizar como oposição a Lula.
- "Eu até peço para que ele entre em contato com a gente, nos dê uma luz. Durante o período de silêncio dele, a gente ficou organizando uma possível organização e a gente acabou correndo atrás do próprio rabo um tempão", disse.
- Ela disse acreditar que o ex-presidente poderia ter impedido a prisão dos vândalos que depredaram as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro.
- "A única pessoa que eles teriam ouvido é Bolsonaro. Então, talvez se ele tivesse dito na live dele, 'saiam da frente dos quarteis', talvez eles tivessem ouvido", afirmou Carla.
- A apoiadores, a congressista se defendeu das críticas de que tem sido alvo após conceder entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
Aprendi, desde 2011, que quem dá uma opinião antes dos demais sofre mais. O que eu disse foi que eu gostaria que Bolsonaro estivesse aqui, mas que, como a gente, ele acha que pode ser preso... Eu acho que ele não deve vir para o Brasil agora, ele sabe muito mais que a gente, ele tem mais informações. Só que isso não [me] impede de estar sentindo falta dele"
Carla Zambelli, deputada federal
Zambelli afirmou ainda que a oposição ao atual governo no Brasil está sem liderança.
"Bolsonaro sabe o que fazer na hora certa. Ele poderia nos dar um pouco de orientação. Essa orientação não está vindo, então cada um acaba indo para um lado. Então, não temos conseguido nos organizar enquanto oposição", disse.
Possível retorno de Bolsonaro em março
A jornalistas norte-americanos, ele afirmou que voltará ao Brasil em março para liderar a oposição ao presidente Lula (PT). Bolsonaro viajou para a Flórida antes de terminar o mandato e rompeu a tradição de passar a faixa para o sucessor.
- Desde meados de janeiro, o ex-presidente tem afirmado que retornará ao Brasil, sem especificar quando. Interlocutores do PL consultados pelo UOL dizem que a medida é uma orientação da própria defesa de Bolsonaro.
- Sem a AGU (Advocacia-Geral da União), os novos advogados do ex-presidente preparam uma narrativa consistente para apresentar ao STF (Supremo Tribunal Federal) e à PF (Polícia Federal) em processos sobre os atos com pautas antidemocráticas realizados em 8 de janeiro, em Brasília.
- No início deste mês, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou que o marido não deve voltar ao Brasil tão cedo. Ela retornou ao Brasil em 27 de janeiro deste ano. Com visto diplomático vencido, Bolsonaro solicitou autorização para permanecer em solo norte-americano como turista.
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