Celso Amorim desmente ministro russo: 'Ainda não foi enviado plano de paz'
O assessor especial do presidente Lula (PT), Celso Amorim, afirmou no UOL News que o Brasil não enviou um plano de paz para acabar com a guerra entre Rússia e Ucrânia.
Não foi enviado um plano de paz à Rússia, foi mostrado a eles nossa disposição de conversar, como foi com os alemães, com Macron [presidente da França] e com Biden [presidente dos EUA]. Conversaremos certamente com a China, conversaremos com a Rússia e conversaremos com o Zelensky também. O plano, na realidade, é essa ideia da inclusão de mais países para discutir essas questões".
O governo russo estaria analisando um plano proposto pelo presidente Lula para tentar mediar a paz na Ucrânia e cessar o conflito que completa um ano nesta sexta-feira (24), segundo o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Galuzin, em entrevista à agência de notícias russa TASS.
Questionado novamente no programa, Amorim repetiu que não existe o plano mencionado pelos russos.
Não há nenhum plano acabado entregue a eles, isso não existe e nunca foi feito"
Celso Amorim diz que não é o momento de Lula ir à Ucrânia: 'Mediação presencial requer preparação'
Amorim também disse que uma visita de Lula à Ucrânia não está nos planos, por enquanto.
Acho que esse não é o momento de ele ir à Ucrânia, não é o momento imediato e acho que as coisas têm que ser feitas antes disso acontecer".
Disposição existe, mas tem que ter um trabalho preparatório como é normal na diplomacia. Os presidentes só entram quando eles podem resolver os problemas. É preciso que isso se desenvolva".
A embaixada da Ucrânia no Brasil considera a visita de Lula uma "boa ideia" para fazê-lo mudar de atitude em relação à guerra, que completa um ano hoje.
A ideia é muito boa do ponto de vista de que, no caso de disponibilidade de o presidente Lula ir para a Ucrânia, isso pode mudar a percepção toda do Brasil."
Encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia, Anatoliy Tkach
Guerra na Ucrânia: Celso Amorim diz que não se pode ignorar o risco de uso de armas nucleares
O assessor especial da presidência também diz que o risco de uso de armas nucleares deve ser levado a sério, mas admitir isso como uma saída "é muito ruim".
O simples fato de admitir uma saída nuclear já é muito ruim. Quem tem feito são os analistas norte-americanos, que falam que 'não podemos negar que exista uma saída nuclear', mas não se pode excluir de todo que esse risco existe. Nunca seria justificável, porque é uma arma de destruição em massa e seria um absurdo total. Não podemos ficar em uma situação que exista essa ameaça de pano de fundo".
O que o ministro russo disse
Nós notamos as declarações do presidente do Brasil sobre o tema de uma possível mediação para tentar encontrar meios políticos de evitar escalada na Ucrânia, corrigindo erros de cálculo no campo da segurança internacional com base no multilateralismo, e considerando os interesses de todos os atores. Vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Galuzin
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Quando: de segunda a sexta, às 8h, às 12h e 18h.
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