Topo

Esse conteúdo é antigo

Rússia x Ucrânia: 'Brasil não quer dar armas, mas conversar', diz chanceler

Solenidade de transmissão de cargo no Ministério das Relações Exteriores; ministro Mauro Vieira assumiu a pasta palácio do Itamaraty - Pedro Ladeira/Folhapress
Solenidade de transmissão de cargo no Ministério das Relações Exteriores; ministro Mauro Vieira assumiu a pasta palácio do Itamaraty Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

10/02/2023 09h01Atualizada em 10/02/2023 09h01

Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, afirmou que o Brasil pode ajudar a mediar negociações entre a Rússia e Ucrânia, mas ressaltou que o país não enviará armas nem munições. Ele concedeu entrevista à revista Veja.

A fala o chanceler está alinhada ao presidente Lula (PT), que negou um pedido do primeiro-ministro alemão Olaf Scholz para o envio de munições para a Ucrânia.

O governo não quer dar armas para que as pessoas se matem, mas conversar sobre a paz. Aliás, se formos chamados para ajudar a mediar as negociações, estamos dispostos a participar.
Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores

Ele acrescentou que Lula já condenou inúmeras vezes a invasão russa. "Ao contrário do governo Bolsonaro, agora o Brasil saiu de cima do muro".

Lula faz uma reunião hoje com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Segundo o colunista do UOL, Jamil Chade, é esperado que a Casa Branca pressione o Brasil a se aproximar dos ucranianos, seja por meio político, diplomático ou mesmo comercial.

Já o Brasil vai insistir no discurso de que quer fazer parte dos esforços de paz, não da operação de guerra. O país também vai se colocar à disposição para montar um bloco de países emergentes que possam buscar caminhos de diálogo, incluindo a China.