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Cabral: Bolsonaro me mandou abraço na prisão, mas torci por Lula

Em foto de 2017, Sérgio Cabral deixa a sede da Justiça Federal, no centro do Rio de Janeiro, após prestar depoimento - 10/07/2017 - FÁBIO MOTTA/ESTADAO CONTEUDO
Em foto de 2017, Sérgio Cabral deixa a sede da Justiça Federal, no centro do Rio de Janeiro, após prestar depoimento Imagem: 10/07/2017 - FÁBIO MOTTA/ESTADAO CONTEUDO

Do UOL, em São Paulo

05/03/2023 08h06Atualizada em 05/03/2023 21h49

O ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, disse ter recebido na prisão um recado de Jair Bolsonaro (PL), mas afirmou que torceu por Lula nas eleições de 2022.

  • Ao site Metrópoles, Cabral afirmou que o ex-presidente Bolsonaro lhe mandou um abraço:

Quando eu fui preso, o Marco Antônio, meu filho, tinha gabinete no mesmo corredor que o Bolsonaro. Isso antes de o Bolsonaro disputar a Presidência. Ele (Bolsonaro) fazia questão de perguntar ao Marco Antônio como eu estava. (Bolsonaro) Dizia para mandar um abraço para mim. Poucos fizeram isso, e o Bolsonaro fez."

  • Em relação à preferência política, porém, Cabral elogiou Lula e disse que o presidente "tem espírito público":

Mas, em termos de governo, eu torci muito pelo Lula. E graças a Deus o Lula ganhou. O Lula é uma pessoa que tem espírito público. O Lula quer acertar, ele gosta do povo, tem a alma do povo. E o Lula gosta de projeto."

Questionado sobre o que diria ao atual presidente caso pudessem se falar hoje, Cabral afirmou que parabenizaria pela vitória. O último contato de ambos foi em 2015, contou o ex-governador, "quando ele [Lula] me convidou para tomar uma cachaça na casa que ele estava em Portogalo [condomínio nobre em Angra dos Reis, no RJ]".

Cabral dá primeira entrevista pós-prisão

Essa foi a primeira entrevista concedida pelo ex-governador após passar seis anos preso. Cabral foi detido durante a Operação Lava Jato do Rio e estava na cadeia desde o dia 17 de novembro de 2016.

Ao portal Metrópoles, Sergio Cabral disse ainda ter "distorcido" uma acusação feita contra o ministro Dias Toffoli, do STF, que foi acusado pelo político, em um acordo de delação premiada, de ter recebido propina em troca de uma decisão no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Errata: este conteúdo foi atualizado
Sergio Cabral citou uma casa no condomínio Portogalo, em Angra dos Reis (RJ), não em Portugal, como equivocadamente foi transcrito na primeira versão deste texto