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Anderson Torres não irá à CPI dos Atos Antidemocráticos no DF, diz defesa

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, preso pela PF - Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, preso pela PF Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Do UOL, em Brasília

08/03/2023 17h55

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, não irá ao depoimento marcado para amanhã (9) na CPI dos Atos Antidemocráticos, conduzida pela Câmara Legislativa do Distrito Federal. A oitiva está marcada para as 10h.

A informação foi confirmada ao UOL pelo criminalista Rodrigo Roca, que representa Torres nas investigações sobre o 8 de janeiro.

Ontem (7), o ministro Alexandre de Moraes, do STF ( Supremo Tribunal Federal), autorizou o depoimento de Torres e frisou que o ex-ministro poderia ficar em silêncio caso optasse por ir à CPI.

"Observo, entretanto, que a condução de Anderson Gustavo Torres, que encontra-se preso preventivamente, deverá ser feita mediante escolta policial e somente ocorrerá se houver sua prévia concordância, uma vez que essa Corte Suprema declarou a inconstitucionalidade de conduções coercitivas de investigados ou réus para interrogatórios/depoimentos", condicionou Moraes.

Ele, que também é ex-secretário de Segurança Pública do DF, está sendo investigado no STF por suposta omissão durante os ataques que resultaram na invasão e depredação da sede dos três Poderes.

Em manifestação enviada a Moraes na semana passada, a defesa de Torres já havia afirmado que o ex-ministro não tinha interesse em depor e que invocaria o direito ao silêncio.

Para a defesa, a CPI pode consultar os autos do inquérito no Supremo, o que tornaria desnecessária a repetição das alegações do ex-ministro à Polícia Federal.