Sâmia: Ataque às pessoas trans é o que está unindo bolsonaristas na Câmara
Sâmia Bomfim (PSOL-SP) repudiou o discurso transfóbico de Nikolas Ferreira (PL-MG) na Câmara no Dia Internacional da Mulher. Em entrevista ao UOL News nesta quinta, a deputada federal afirmou que os constantes ataques de parlamentares às pessoas trans estão unindo os bolsonaristas dentro da Casa.
O que aconteceu ontem não foi uma novidade. Nas últimas semanas, temos assistido a declarações transfóbicas na tribuna. A impressão que dá é que os bolsonaristas elencaram o ataque às parlamentares trans e às demais mulheres e homens trans que ocupam lugares de destaque na sociedade como um elemento para seguir aglutinando sua base conservadora e dando respostas para a pauta moral que também mobiliza o bolsonarismo na sociedade." Sâmia Bomfim, deputada federal (PSOL-SP)
A deputada federal contou que o PSOL já entrou com pedido de cassação de Nikolas Ferreira e também vai acionar o STF (Supremo Tribunal Federal). Sâmia disse que o deputado fez piada com um assunto muito sério e, por isso, deve ser punido com rigor.
Ontem mesmo o PSOL protocolou um pedido de cassação do deputado Nikolas. Estamos terminando de redigir essa notícia-crime para ser protocolada no STF. Foi crime e quebra de decoro, sim, e precisa ter respostas à altura da violência que foi impetrada ali. Ele protagonizou uma das cenas mais grotescas que já vi na Câmara, e ali não faltam exemplos do ridículo." Sâmia Bomfim, deputada federal (PSOL-SP)
Nikolas já responde por injúria racial contra Duda Salabert (PDT-MG) em 2020. Na época, os dois eram vereadores em Belo Horizonte. Duda e Erika Hilton (PSOL-SP) se tornaram as primeiras deputadas federais transexuais eleitas na história do país.
Maierovitch: Bolsonaro confessou peculato com joias; pena vai até 12 anos
Ao confirmar a um repórter da CNN que incorporou um estojo de joias dadas pelo governo da Arábia Saudita ao seu acervo pessoal, Jair Bolsonaro confessou que cometeu crime de peculato, na visão de Wálter Maierovitch. O colunista explicou que a pena para este tipo de delito pode chegar a 12 anos de prisão.
É completamente ilegal. À luz do Código Penal, isso é crime de peculato, de quem se apropria [de bem público], na condição de funcionário público. A pena vai de dois a doze anos de reclusão e mais multa. É peculato confessado, do qual ele tenta se safar dizendo ser um 'bem personalíssimo', mas só seria se fosse de pequeno valor. São coisas para a intimidade da pessoa, e não para um valor de exposição e de brilho. Wálter Maierovitch, colunista do UOL
Josias: Aliados tentam salvar Michelle e veem relação abalada com Bolsonaro
Preocupados com as possíveis consequências do escândalo das joias, os aliados se articulam para tentar salvar a pele de Michelle Bolsonaro, conforme apurou Josias de Souza. O colunista também apontou que estes mesmos apoiadores já falam em uma relação estremecida entre a ex-primeira-dama e Jair Bolsonaro, como parte da estratégia para livrá-la de qualquer envolvimento no caso.
Quanto a Michelle, que ainda não tem suas digitais impressas nesse caso, já se arma uma operação para tentar preservá-la. Deputados do PL estão dizendo que ela não sabia mesmo e que ela estaria até estremecida com o marido. É uma versão que está sendo construída para pelo menos tentar salvar a Michelle desse escândalo. Josias de Souza, colunista do UOL
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Quando: de segunda a sexta, às 8h, às 12h e 18h.
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