Após fala transfóbica, Nikolas nega crime (com mais transfobia): 'histeria'
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) negou ter cometido transfobia em discurso na Câmara dos Deputados e, na justificativa, voltou a usar fala transfóbica, desta vez nas redes sociais.
O que ele disse?
- No Twitter, ele afirmou ter defendido "o direito das mulheres de não perderem seu espaço nos esportes para trans - visto a diferença biológica;
- O deputado foi novamente transfóbico ao afirmar que sua fala também foi motivada pelo fato "de não ter um homem no banheiro feminino", em publicação na madrugada de hoje;
- O parlamentar classificou a reação ao discurso de "histeria e narrativa";
Defendi o direito das mulheres de não perderem seu espaço nos esportes para trans - visto a diferença biológica - e de não ter um homem no banheiro feminino. Não há transfobia em minha fala. Elucidei o exemplo com uma peruca (chocante). O que passar disso é histeria e narrativa.
Nikolas Ferreira, deputado federal (PL-MG)
O MPF pediu que Câmara apurasse o episódio e deputados pediram cassação de Nikolas. O Ministério Público Federal acionou a Câmara para que apure se houve "violação ética" na fala, enquanto parlamentares do PSOL, PSB e PDT se revoltaram com a fala e afirmaram que vão entrar com pedido de cassação do mandato do mineiro.
Desde fevereiro deste ano, o deputado já responde por transfobia. Ele se referiu à deputada Duda Salabert (PDT-MG), uma mulher trans, como "ele", quando ambos ainda eram vereadores. "Ele é homem. É isso o que está na certidão dele, independentemente do que ele acha que é", quando os dois eram vereadores. O crime de transfobia é hediondo e, desde 2019, a discriminação contra pessoas trans é equiparada ao crime de racismo e punível com até três anos de prisão
Nikolas Ferreira (PL-MG), deputado federal, em discurso transfóbico no Dia Internacional da Mulher
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