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Entidade indígena cobra nomeações para Funai e critica Bolsonaro e Temer
A Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) cobrou que servidores sejam nomeados urgentemente para as vagas abertas na Funai e Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena).
O que aconteceu:
- A entidade ressaltou que as vagas criadas por exonerações em janeiro ainda não foram preenchidas. No começo de 2023, o governo Lula desempossou da Funai 38 funcionários e dispensou outros cinco, em meio ao início dos trabalhos para aliviar a crise entre os yanomami em Roraima.
- A demora nas indicações "têm contribuído para o agravamento das violências contra os povos indígenas" e "os problemas que nos afetam no dia a dia não podem esperar mais".
- A Apib alertou para possíveis "interferências políticas" nas próximas nomeações, "que influenciam negativamente na luta dos povos indígenas por direitos, em todo o país".
- Os governos de Temer e Bolsonaro foram criticados: "A política indigenista não pode mais cair na morosidade, omissão e descaso que a caracterizou particularmente nos últimos seis anos".
- A articulação enviou uma carta com a demanda para a Casa Civil, Ministério da Saúde, Ministério dos Povos Indígenas, Funai e Sesai.
A política indigenista não pode mais cair na morosidade, omissão e descaso que a caracterizou particularmente nos últimos seis anos. E não pode também, acreditamos, ser submetida a critérios de interferências político-partidários, negociatas e muito menos à prática do toma-lá-dá-cá, na condição de moeda de troca no jogo de interesses econômicos e políticos de quaisquer grupos sociais, sobretudo anti-indígenas."
Apib, em nota
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