Topo

Esse conteúdo é antigo

Entidade indígena cobra nomeações para Funai e critica Bolsonaro e Temer

Sede da Funai em Brasília - Mário Vilela/Funai/Divulgação
Sede da Funai em Brasília Imagem: Mário Vilela/Funai/Divulgação

Do UOL, em São Paulo

16/03/2023 20h48Atualizada em 16/03/2023 20h48

A Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) cobrou que servidores sejam nomeados urgentemente para as vagas abertas na Funai e Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena).

O que aconteceu:

  • A entidade ressaltou que as vagas criadas por exonerações em janeiro ainda não foram preenchidas. No começo de 2023, o governo Lula desempossou da Funai 38 funcionários e dispensou outros cinco, em meio ao início dos trabalhos para aliviar a crise entre os yanomami em Roraima.
  • A demora nas indicações "têm contribuído para o agravamento das violências contra os povos indígenas" e "os problemas que nos afetam no dia a dia não podem esperar mais".
  • A Apib alertou para possíveis "interferências políticas" nas próximas nomeações, "que influenciam negativamente na luta dos povos indígenas por direitos, em todo o país".
  • Os governos de Temer e Bolsonaro foram criticados: "A política indigenista não pode mais cair na morosidade, omissão e descaso que a caracterizou particularmente nos últimos seis anos".
  • A articulação enviou uma carta com a demanda para a Casa Civil, Ministério da Saúde, Ministério dos Povos Indígenas, Funai e Sesai.

A política indigenista não pode mais cair na morosidade, omissão e descaso que a caracterizou particularmente nos últimos seis anos. E não pode também, acreditamos, ser submetida a critérios de interferências político-partidários, negociatas e muito menos à prática do toma-lá-dá-cá, na condição de moeda de troca no jogo de interesses econômicos e políticos de quaisquer grupos sociais, sobretudo anti-indígenas."
Apib, em nota