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O que é a 'Máfia do Pix' dos acampamentos bolsonaristas?

Acampamento golpista ficou à frente do QG do Exército, em Brasília - Reprodução de vídeo
Acampamento golpista ficou à frente do QG do Exército, em Brasília Imagem: Reprodução de vídeo

Colaboração para o UOL

17/03/2023 10h47Atualizada em 17/03/2023 10h47

O coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, ex-chefe do Departamento Operacional da PM-DF, afirmou em depoimento na CPI dos Atos Antidemocráticos que existia uma "Máfia do Pix" nos acampamentos bolsonaristas de Brasília.

Liderança pedia dinheiro para manter o local. Segundo Naime, um grupo dentro do próprio acampamento pedia constantemente mais dinheiro para amparar o movimento e quem estava acampado.

Tínhamos conhecimento da 'Máfia do Pix', de lideranças que ficavam ali. Não temos nomes, mas elas ficavam no acampamento pedindo para que as pessoas fizessem PIX para manter o acampamento.
Coronel Jorge Naime

Apesar de não entregar nomes de envolvidos no esquema, o coronel revelou ainda que houve também discussões sobre o uso do dinheiro arrecadado via Pix.

Além disso, existia um comércio ilegal no acampamento, com tendas sendo alugadas por até R$ 600 para ambulantes as usarem durante o dia.

Acampamentos foram desmontados após invasão ao Congresso

  • Os acampamentos de bolsonaristas foram desmontados após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
  • Em Brasília, acampamento ficava em frente ao Quartel-General do Exército; local serviu como principal ponto de apoio para a invasão aos prédios da Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro.
  • Na ocasião, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e o Exército levaram cerca de 1,2 mil apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro para o ginásio da Academia Nacional da Polícia Federal.
  • Atualmente, estão presas 294 pessoas envolvidas nos atos golpistas de janeiro.

Por que Naime foi preso?

O coronel Jorge Eduardo Naime Barreto foi preso em fevereiro por suspeita de omissão antes e durante as invasões às sedes dos Três Poderes, após ter sido afastado do Departamento Operacional da PM-DF no dia 10 de janeiro.

Ele alegou que as informações davam conta de que o movimento golpista perdia força e que acreditavam que, com a posse de Lula, o acampamento iria naturalmente acabar.