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Dilma não devolveu itens da Presidência no valor de R$ 4.800, diz TCU

Ex-presidente Dilma Rousseff incorporou ao seu acervo pessoal seis bens recebidos em cerimônias  - ALEXANDRE BRUM/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
Ex-presidente Dilma Rousseff incorporou ao seu acervo pessoal seis bens recebidos em cerimônias Imagem: ALEXANDRE BRUM/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

20/03/2023 15h16Atualizada em 20/03/2023 15h23

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) não devolveu seis bens recebidos em cerimônias no Brasil e no exterior que seriam da Presidência. Somados, os objetos valem R$ 4.873.

O que aconteceu?

  • Em 2016, a Justiça questionou onde estavam 144 bens que Dilma recebeu entre 2011 e 2016, para que fossem devolvidos ao patrimônio da União.
  • Em 2019, a administração da Presidência da República informou que todos os objetos foram encontrados, menos seis. Ao todo, os objetos faltantes valem R$ 4.873.
  • Em 2020, os ministros do TCU (Tribunal de Contas da União) concordaram em não cobrar a devolução, já que o valor era baixo.
  • As informações foram levantadas pela CNN e confirmadas pelo UOL baseadas em dados do TCU.

De acordo com o relatório final, os itens que ficaram faltando foram:

  1. Rede de descanso tipo Hamaca de Tejido Larense;
  2. Travessa em madeira do fabricante Muskoka;
  3. Relógio de mesa com caixa circular em aço inox, do fabricante Val Saint Lambert.
  4. Relógio de mesa fixado em suporte de madeira com porta-canetas (não especifica o tipo);
  5. Painel em tapeçaria (medindo 162,5 x 110 cm) mostrando homem tocando instrumento musical, do artista J. Fortes.
  6. Pintura em tecido (medindo 88x68cm) retratando mulher negra com pote na cabeça e filho nas costas, com inscrição "Povo Hereiro" no verso.

O UOL tenta contato com Dilma. Caso haja resposta, o texto será atualizado.

Governo Bolsonaro tentou trazer joias milionárias da Arábia Saudita

  • O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro trouxe de viagem a Arábia Saudita dois conjuntos de joias da famosa marca Chopard, cravejadas de diamantes;
  • A comitiva, composta pelo ex-ministro Bento Albuquerque e assessores, não declarou os presentes à Receita Federal;
  • Um conjunto de joias de quase R$ 17 milhões foi apreendido, e vários membros do antigo governo tentaram reavê-lo;
  • Um segundo conjunto de joias, sem valor estimado, conseguiu entrar no país e chegou até Bolsonaro. Entre os itens, estão um relógio, um anel e uma caneta. O relógio mais barato disponível no site da Chopard custa 6.060 francos suíços, o equivalente a R$ 33,6 mil.
  • O governo poderia ter recebido as joias como um presente oficial. Nesse caso, porém, os bens ficariam para o Estado, e não para a família Bolsonaro.
  • A Receita não registrou nenhum pedido do governo para incorporar as peças ao acervo presidencial.