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Bolsonaro compara PCC e Moro com facada e Celso Daniel em ataque à esquerda

31.jan.2023 - Ex-presidente Jair Bolsonaro relacionou plano contra Sergio Moro a casos que não tiveram motivação política - Joe Skipper/Reuters
31.jan.2023 - Ex-presidente Jair Bolsonaro relacionou plano contra Sergio Moro a casos que não tiveram motivação política Imagem: Joe Skipper/Reuters

Do UOL, em São Paulo

22/03/2023 13h53

O ex-presidente Jair Bolsonaro mentiu hoje ao comparar o plano do PCC contra o senador e ex-ministro Sergio Moro (PL) à facada que sofreu em 2018 e ao assassinato de Celso Daniel, em 2002.

O que ele disse?

  • "Tudo não pode ser só coincidência". "Em 2002 Celso Daniel, em 2018 Jair Bolsonaro e agora Sérgio Moro. Tudo não pode ser só coincidência. O Poder absoluto a qualquer preço sempre foi o objetivo da esquerda", escreveu Bolsonaro no Twitter.
  • Ex-presidente citou CPMI. "Nossa solidariedade a Sérgio Moro, Lincoln Gakiya e familiares. A CPMI assombra os inimigos da democracia", continuou, sem especificar a qual CPMI se referia. Apoiadores de Bolsonaro têm pressionado pela abertura de uma comissão de investigação sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, ao que o governo se opõe.

Facada e assassinato de Celso Daniel não foram políticos

  • Ao contrário do que sugeriu Bolsonaro, a facada que levou durante evento de campanha não foi um ataque político, segundo três investigações independentes da Polícia Federal.
  • A apuração concluiu que Adélio Bispo agiu sozinho e sofre de transtorno delirante persistente. Ele foi preso no ato e confessou o crime.
  • Evocado com frequência por apoiadores de Bolsonaro, o caso Celso Daniel também não foi político. Então prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel foi morto em 2002, e seis pessoas foram condenadas e cumprem pena. Três investigações concluíram que foi um crime comum, e que nenhum dos envolvidos tinha relação com o PT.

PF desarticula plano contra Moro

  • Promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo Lincoln Gakiya afirmou hoje que o plano do PCC seria revanche por proibição de visita íntima a detentos do sistema penitenciário federal. Medida foi implementada por meio de portaria quando ele era ministro da Justiça e Segurança Pública, em 2017.
  • "Planos estavam em estágio avançado". Gakiya disse acreditar que, se não fosse a operação de hoje, o plano contra Moro já poderia ter sido executado. "Estava em andamento. Tem chácaras, imóveis alugados, veículos blindados, armamento, tudo isso no Paraná a disposição deles". As afirmações foram em entrevista à BandNews.