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MA: A gente fica chateado, mas tem que agradecer pelas chuvas, diz Lula

Do UOL, em São Paulo

09/04/2023 12h38Atualizada em 09/04/2023 18h11

O presidente Lula disse hoje que, apesar dos estragos provocados pelas enchentes no Maranhão que deixaram ao menos seis pessoas mortas e milhares de desabrigados, é preciso agradecer pelas chuvas no país.

O que aconteceu

Lula sobrevoou as cidades de Bacabal, Trizidela e Pedreiras, atingidas pelas enchentes causadas pelas fortes chuvas dos últimos dias e visitou um abrigo de vítimas em Bacabal. "A gente, às vezes, fica chateado, mas temos que agradecer a Deus à chuva porque muitas vezes o Brasil está precisando de chuva. Nesse ano, a gente não vai ter problema de energia porque todos os lagos, hidrelétricas estão tudo cheio", declarou o presidente em Bacabal.

Ele disse ainda que as autoridades precisam convencer a população a não construir casas em áreas de risco e exaltou a união entre os governos —citando os nomes de prefeitos. "Nós queremos mostrar que não é possível esse país dar certo se não tiver uma combinação entre prefeitos, entre governadores e entre presidente da República."

No Maranhão, ao menos 64 municípios decretaram situação de emergência e a cidade de Buriticupu está em estado de calamidade pública. Mais de 35 mil famílias foram afetadas e quase 8 mil estão desabrigadas e desalojadas.

O que mais disse o presidente

Eu vim aqui só para fazer aquela visita de conforto às pessoas que estão passando necessidade. É importante vocês saberem que eu já morei em bairros que enchia d'água e não era pouca não."

Vocês que têm um pouco de mais idade sabem que, em 2009, eu vim aqui em Bacabal, numa cheia, a Roseana [Sarney] era governadora, e eu tive aqui, no mesmo rio, na mesma enchente, numa demonstração de que quando a gente mora perto do rio não tem jeito. Não tem jeito. Não tem jeito. A gente vai sofrer enchente quando a chuva for demais."

Em 2009, as chuvas que atingiram o Maranhão afetaram mais de 154 mil pessoas e 54 municípios. Lula visitou o estado em maio.

Vocês sabem que nós acabamos de ter um governo que, ao invés de vir aqui ajudar o Flávio Dino, ele brigava todo santo dia pela imprensa com o Flávio Dino, e não trouxe absolutamente nada para o estado do Maranhão. Nada. A não ser ofensa pessoal ao governador e, ofendendo o governador, chegou ofendendo o povo do Maranhão."

Em janeiro de 2022, o presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou Dino, então governador do Maranhão e hoje ministro da Justiça, de "gordo". Dino reagiu e pediu para que Bolsonaro fosse trabalhar para acabar com problemas graves do país.

E eu acho que nós temos que cuidar das pessoas que foram vítimas. As pessoas pedem colchão, as pessoas pedem botijão de gás, as pessoas pedem qualquer coisa para dar um certo conforto, coisa que o governo pode fazer. Essa junção entre o governo federal, governo estadual e os governos municipais é obrigatória."