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AL: Mulher trans em banheiro feminino deve 'sofrer uma coça', diz vereador

O vereador de Coruripe (AL) Franciney Joaquim (MDB) disse frases transfóbicas em uma sessão na Câmara Municipal - Reprodução/YouTube
O vereador de Coruripe (AL) Franciney Joaquim (MDB) disse frases transfóbicas em uma sessão na Câmara Municipal Imagem: Reprodução/YouTube

Do UOL, em São Paulo

13/04/2023 19h37Atualizada em 13/04/2023 19h37

O vereador de Coruripe (AL) Franciney Joaquim (MDB) disse frases transfóbicas ao afirmar que mulheres trans que usarem banheiro feminino devem "sofrer uma coça e uma pisa".

O que aconteceu:

O político afirmou que o "banheiro feminino é para mulheres biologicamente femininas" em uma sessão ordinária da Câmara.

Ele argumentou que "mulheres que se vestem como homem nunca quiseram entrar no banheiro dos homens", mas que o oposto acontece.

Franciney alegou que seu discurso não tem "transfobia nem homofobia, tem respeito".

Durante a fala, o político não foi interrompido por nenhum colega.

Nas redes sociais, Franciney compartilhou as postagens de diversas pessoas que divulgaram o seu vídeo com as declarações.

Se eu estiver em uma praça com as minhas filhas e algum 'cabra' desse quiser entrar lá [no banheiro feminino], vai ser difícil ele sair sem a gente ter um entendimento. Além dele sofrer uma coça, porque a minha opinião é que ele sofra uma pisa boa, ele ainda vai para o rigor da lei por importunação sexual. Se uma pessoa estiver lá dentro, menor de 14 anos, vai ser acusado de estupro de vulnerável."
Franciney Joaquim

O político ainda argumentou que não aprovará nenhuma lei sobre uso de banheiro para pessoas que não se identificam com o sexo biológico.

"Enquanto Deus me colocar aqui, eu defenderei a família e a lógica. Eu não estou aqui para agradar ninguém, eu estou aqui para defender os meus princípios cristãos e pessoais, defender a família, a ética, a moral e o bom costume", completou.

Vereador diz que palavra 'coça' e 'pisa' foram excessos

Franciney disse ao UOL que não entendeu a fala como uma "declaração transfóbica" e reafirmou o seu posicionamento.

Não tenho ódio, aversão ou repulsa a quem é homossexual, simplesmente expressei minha opinião. E reafirmo o que falei no vídeo, com exceção do excesso. [O que o senhor considerou um excesso?] A palavra coça e pisa."

A reportagem tenta contato com a Câmara Municipal de Coruripe.